Filipe Domingues é agora o representante em Portugal do Institute for Economics and Peace (IEP), um think tank sediado em Sydney e conhecido sobretudo pelo Peace Index, o Índice Global de Paz (IGP). Com escritórios também em Nova Iorque, Bruxelas, Haia, Cidade do México e Nairobi, o IEP trabalha com parceiros a nível internacional na medição e comunicação do valor económico da paz. Filipe Domingues responderá ao escritório do IEP em Bruxelas, responsável pela Europa, Médio Oriente e Norte de África..Portugal tem estado consistentemente numa das posições de topo do IGP (no relatório de 2023 surge em sétimo, ocupando a Islândia, a Dinamarca e a Irlanda o pódio) e tem sido classificado como um dos países mais pacíficos do mundo..Filipe Domingues começou a carreira como jornalista, durante 12 anos foi secretário-geral do Instituto para a Promoção da América Latina e Caraíbas (IPDAL), e é co-fundador e diretor do Centro para a Cooperação no Ciberespaço. É igualmente co-autor de O Mundo Não Tem de Ser Assim, uma biografia do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.."Conheço o Filipe Domingues há muitos anos, desde as suas funções anteriores no IPDAL. Sempre admirei a sua capacidade de construir pontes e representar a sua instituição da forma mais profissional. Quando o Institute for Economics and Peace decidiu desenvolver a sua atuação em Portugal, a escolha pareceu-nos natural", diz Serge Stroobants, diretor do IEP para a Europa, Médio Oriente e Norte de África, que esteve há dias em Lisboa, e foi entrevistado pelo DN. Comentando então sobre o estado do mundo, num momento em que o conflito entre Israel e o Hamas traz nova dose de conflitualidade, Stroobants surpreendeu ao sublinhar que "o conflito que fez mais vítimas no ano passado não foi o da Ucrânia, mas sim a guerra do Tigré, na Etiópia". A frase deu título à entrevista.