Guerra na Ucrânia levou à escassez de munições na Alemanha

A comissária para as forças armadas na câmara baixa do parlamento na Alemanha, Eva Högl, pediu urgência para resolver o problema.
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A guerra na Ucrânia levou à escassez de munições da Bundeswehr, forças armadas alemãs. A comissária para as forças armadas no parlamento da Alemanha, Eva Högl, veio pedir este domingo um cronograma urgente para resolver o problema, segundo notícia da DW.

Berlim não conseguiu reabastecer as munições, apesar de ter prometido um extra 100 mil milhões de euros para as forças armadas. Eva Högl disse à agência de notícias DPA que o facto de nada ter sido substituído é uma preocupação entre os militares e soldados alemães.

"Agora precisamos de um roteiro, uma abordagem coordenada com acordos vinculativos com a indústria de defesa sobre quando as munições podem ser produzida, onde e em que prazo", disse Högl, pedindo que a aquisição de munições seja coordenada a nível europeu e observando que os fabricantes de munições precisam de clareza sobre o financiamento de longo prazo.

"Não podemos dizer-lhes [a indústria de defesa] que há um compromisso de financiamento por seis meses, mas que ainda não sabemos se o Bundestag (parlamento da República Federal da Alemanha) o revalidará no próximo ano. A indústria precisa de capacidade de planeamento. E é por isso que é importante fechar contratos de vários anos", disse.

A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, está a receber críticas crescentes sobre a escassez de artilharia, sendo que os meios de comunicação locais afirmam que poucas aquisições ocorreram este ano. O Ministério da Defesa negou, dizendo que é "obviamente um absurdo" a Alemanha estar inativa neste setor.

Segundo a notícia da DW, a situação levou a uma disputa entre ministérios sobre gastos e transparência nas compras de munições. O Ministério das Finanças reclamou que os seus colegas do Ministério da Defesa não deram prioridade à aquisição de equipamento militar durante as negociações para o aumento de gastos de 100 mil milhões para as forças armadas.

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