A Coreia do Norte negou este domingo estar a fornecer armas a Moscovo, depois de os Estados Unidos afirmarem que o país asiático envia foguetes e mísseis a membros do grupo paramilitar russo Wagner..Washington designou no início do mês o grupo Wagner como uma "organização criminosa transnacional", citando os seus acordos de armas com Pyongyang, que violam resoluções do Conselho de Segurança da ONU..A Casa Branca divulgou fotos da inteligência americana de comboios a chegar à Coreia do Norte, a recolher uma carga de foguetes de infantaria e mísseis e a voltar para a Rússia, segundo o porta-voz de segurança nacional, John Kirby..Num comunicado divulgado pela agência estatal de notícias da Coreia, um alto-funcionário norte-coreano refutou as acusações e advertiu os Estados Unidos de que vão enfrentar um "resultado realmente indesejável" se persistirem em difundir o que chamou de "rumores inventados".."Tentar manchar a imagem da Coreia do Norte, ao fabricar algo inexistente é uma provocação grave que nunca pode ser permitida e que não pode mais que provocar uma reação", disse Kwon Jong Gun, diretor-geral do Departamento de Assuntos sobre os Estados Unidos..Ao lado da China, a Rússia é um dos poucos aliados internacionais da Coreia do Norte..Além da Síria e da Rússia, a Coreia do Norte é o único país que reconheceu a independência das regiões separatistas de Lugansk e Donetsk, apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia..A Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, é contrária à intensificação das sanções internacionais contra a Coreia do Norte e, inclusive, defende a redução das medidas por motivos humanitários..Numa reunião este domingo em Seul com o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Park Jin, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, expressou preocupação com a postura de Pyongyang, tanto pelos "perigosos" testes nucleares como pelo seu apoio ao esforço bélico da Rússia" na Ucrânia..Em setembro, o líder norte-coreano Kim Jong Un declarou seu país como um Estado nuclear "irreversível". O regime de Pyongyang executou testes de armas que violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU durante quase todos os meses do ano passado, incluindo o lançamento do seu míssil balístico intercontinental mais desenvolvido.