Joe Biden vai enviar 31 tanques M1 Abrams para a Ucrânia

O anúncio acontece no mesmo dia em que a Alemanha informou ter autorizado o envio de tanques Leopard 2, de fabrico alemão, para Kiev.
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Joe Biden anunciou esta quarta-feira que o governo norte-americano aprovou a entrega às forças armadas da Ucrânia de 31 tanques M1 Abrams.

"Os tanques são a prova do compromisso à Ucrânia. A Europa e os Estados Unidos estão unidos na ajuda à Ucrânia. Putin estava errado, estamos todos unidos", afirmou na Casa Branca, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas.

O envio dos carros blindados será acompanhado de outras medidas, como o treino das tropas ucranianas, com o objetivo de "melhorar a sua capacidade de manobra em campo aberto" e as suas capacidades militares a longo prazo, segundo o chefe de Estado norte-americano.

Durante a comunicação, Biden aproveitou para agradecer ao chanceler alemão, Olaf Scholz, pelo envio de tanques Leopard 2 (de fabrico alemão) para a Ucrânia e garantiu que esta medida "não é uma ameaça ofensiva para a Rússia".

"A Alemanha cumpriu. O chanceler defendeu a unidade (ocidental) em todos os momentos", acrescentou o líder norte-americano que durante a comunicação esteve acompanhado pelo secretário de Estado, Antony Blinken, e pelo secretário da Defesa, Lloyd Austin.

"Não se trata de uma ameaça ofensiva à Rússia", esclareceu o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), que conversou esta quarta-feira por telefone com Scholz, bem como com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e com os primeiros-ministros de Itália e do Reino Unido, Giorgia Meloni e Rishi Sunak, respetivamente.

A decisão dos EUA de enviar tanques Abrams ocorre no mesmo dia em que Berlim confirmou o fornecimento de 14 tanques Leopard 2 a Kiev, autorizando ainda outros países a enviarem estes veículos de combate para a Ucrânia. O ministro da Defesa alemão disse que os tanques podem estar operacionais em território ucraniano em cerca de três meses.

A Alemanha tinha dito que os tanques Leopard 2 não seriam enviados a menos que os EUA colocassem os seus Abrams na Ucrânia.

Biden explicou que, no total, os aliados europeus concordaram em enviar tanques suficientes para equipar dois batalhões de carros blindados ucranianos, num total de 62 tanques.

"Com a chegada da primavera, as forças ucranianas estão a trabalhar para defender o território que controlam e a preparar-se para contra-ataques", disse Biden.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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