Eurogrupo não vê leitura europeia para o referendo em Itália

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem entende também que a e economia italiana conseguirá resistir à crise política.
Publicado a
Atualizado a

À entrada para a reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, vários ministros das Finanças na zona euro, consideraram que os resultados ao referendo à reforma da constituição italiana não tem qualquer leitura europeia.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem entende também que a e economia italiana conseguirá resistir à crise política.

“A Itália é uma economia forte. É uma das maiores economias na zona euro. É um um país que tem instituições fortes, afirmou, lembrando que Itália referendou, “em particular”, o número de lugares no parlamento e não a Europa.

“O resultado do referendo de ontem é sobre uma decisão política, sobre uma reforma constitucional em particular”, disse o holandês, considerando ainda que o quadro económico do pais não será alterado, apesar da queda do governo.

“Vai haver um próximo governo, aconteça o que acontecer e eles vão ter que lidar com a situação económica em Itália”, defendeu Dijsselbloem.

Já o ministro francês das finanças, Michel Sapin pensa que se o referendo tivesse sido sobre a Europa, então o resultado teria sido outro e “se colocássemos a questão da Europa, eles [os italianos] são francamente favoráveis à construção da Europa e a uma Itália dentro dessa Europa”.

Por sua vez, o comissário dos assuntos económicos e financeiros, Pierre Moscovici preferiu desviar as atenções para outro resultado eleitoral do fim de semana, na Austria, que deu a vitória ao partido pro-europeu de Alexander Van der Bellen.

“Mostra que há uma vitória dos valores, que o populismo não é uma fatalidade, que a extrema direita não é irresistível”, disse à entrada para a reunião do Eurogrupo.

“No final, há no coração dos europeus, no espírito dos europeus, uma resistência e uma reticência, uma recusa das teses da extrema-direita que, creio, pode a confortar-nos a todos sobre o futuro do nosso continente e o futuro da nossa democracia”, afirmou Moscovici.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt