Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.
Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.Gerardo Santos

Lucros do Santander em Portugal recuam 6,4% para 728 milhões até setembro

Margem financeira do banco também caiu para 1.029,5 milhões de euros, uma redução de 17,3% face ao ano anterior, refletindo a descida das taxas de juro implementada pelo BCE.
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O Banco Santander Totta reportou, esta quarta-feira, 29 de outubro, um resultado líquido de 728,2 milhões de euros até setembro, uma diminuição de 6,4% em relação aos 778,1 milhões de euros do mesmo período do ano anterior.

O banco, liderado por Pedro Castro e Almeida, manteve níveis elevados de rentabilidade, com um ROTE de 32,0% e uma eficiência de 27,3%.

A margem financeira do banco caiu para 1.029,5 milhões de euros, uma redução de 17,3% face ao ano anterior, refletindo a descida das taxas de juro implementada pelo Banco Central Europeu (BCE).

A taxa de depósito foi ajustada para 2,0%, uma diminuição de 150 pontos base. Apesar das dificuldades, o crescimento dos volumes de negócio, especialmente do crédito, ajudou a mitigar os efeitos negativos das taxas de juro.

As comissões líquidas aumentaram para 365,2 milhões de euros, um crescimento de 5,9% em relação ao ano anterior, beneficiando do aumento da base de clientes e da maior transacionalidade. “A oferta diversificada nos segmentos de proteção e de poupança também permitiu o crescimento das comissões de seguros e de gestão de ativos”, referiu o banco.

Os resultados em operações financeiras atingiram 27,8 milhões de euros, enquanto o produto bancário ficou em 1.424,4 milhões de euros, uma queda de 11,6%.

O controlo dos custos operacionais foi destacado, com gastos a ascender a 388,4 milhões de euros, uma ligeira redução de 0,4% em comparação com o ano anterior. Os custos com pessoal aumentaram para 217,1 milhões de euros, enquanto os gastos gerais e administrativos diminuíram 4,4%, para 138,6 milhões de euros.

O CEO da entidade bancária, Pedro Castro e Almeida, citado em comunicado, afirma que “nos primeiros 9 meses do ano, o Santander Portugal gerou um lucro de 728,2 milhões de euros, confirmando a solidez do nosso modelo e a consistência da nossa estratégia”.

O crédito total a clientes atingiu 52,2 mil milhões de euros, um aumento de 8,9% em relação ao ano anterior, impulsionado pelos novos créditos à habitação e a empresas. Os recursos de clientes também cresceram, somando 48,5 mil milhões de euros, um aumento homólogo de 6,5%.

No segmento de crédito à habitação, o banco concedeu cerca de 768 milhões de euros ao abrigo de linhas com garantia pública. “Continuámos a apoiar os jovens que procuram comprar casa e construir o seu futuro”, referiu o administrador do banco. Além disso, a carteira de crédito hipotecário subiu para 24,7 mil milhões de euros, com um crescimento de 7,4%.

O crédito ao consumo também apresentou crescimento, atingindo 2,1 mil milhões de euros, um aumento de 9,3% em relação ao ano anterior. No crédito a empresas, a carteira aumentou para 25,2 mil milhões de euros, um crescimento de 10,7%.

O banco registou um aumento de 56 mil clientes ativos e 75 mil clientes digitais em relação ao ano anterior, com um crescimento de 4,5% no número de cartões de débito e crédito emitidos.

O rácio CET1 situou-se em 13,5% e o LCR em 125,9%, ambos cumprindo as exigências regulamentares. O banco destaca também que os seus níveis de capitalização permanecem acima dos requisitos mínimos exigidos pelo BCE.

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