Credores validam reestruturação da participada espanhola da Mota-Engil
D.R.

Credores validam reestruturação da participada espanhola da Mota-Engil

A empresa Duro Felguera diz que o plano inclui a venda de ativos não estratégicos e um empréstimo de 10 milhões de euros, que será convertido em capital pelo seu principal acionista, o Grupo Prodi.
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A Duro Felguera, empresa espanhola com participação da portuguesa Mota-Engil através da sua subsidiária Mota-Engil México, obteve a aprovação dos credores para o seu plano de reestruturação.

A empresa anunciou, esta terça-feira, 28, que finalizou o período de negociações com os credores, que ocorreu antes do concurso.

O plano, que foi aprovado na última sexta-feira, inclui a venda de ativos não estratégicos e um empréstimo de 10 milhões de euros, que será convertido em capital pelo seu principal acionista, o Grupo Prodi. É importante notar que a Mota-Engil não irá acompanhar esta operação, resultando na diluição da sua participação na empresa.

Na sequência da aprovação, a Duro Felguera submeteu ao Juizado de Comércio nº 3 de Gijón um pedido de homologação judicial do plano de reestruturação, formalizado em escritura pública no dia 21 de outubro de 2025. A empresa comunicou ao regulador do mercado espanhol, a Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), que, com esta apresentação, encerra o período de negociações com os credores e inicia o processo de homologação judicial.

O plano de reestruturação contempla a venda de ativos que são detidos em 30,77% pelo Grupo Prodi e 23,89% pela Mota-Engil México, a qual é controlada em 51% pela Mota-Engil SGPS.

Além disso, o plano prevê a reestruturação da dívida financeira com os credores, com a possibilidade de perdões que podem atingir os 100%, além do estabelecimento de novas condições de pagamento e calendários de amortização.

Esta iniciativa surge após meses de negociações com os credores, numa tentativa de garantir a viabilidade da empresa, que já tinha solicitado proteção contra credores em dezembro do ano passado. Desde então, a Duro Felguera conseguiu três prorrogações do prazo para as negociações, mas uma decisão judicial recente impediu novas extensões, levando a empresa a acelerar a formalização do plano de reestruturação.

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