"Terror em Díli". O título do DN a 18 de abril de 1999 não dava margem para dúvidas. A capital de Timor-Leste voltava a ser palco de um massacre perpetrado por milícias pró-indonésias..Grupos armados "mataram, assaltaram e incendiaram casas de timorenses. Comando militar admite 13 mortos", lia-se no jornal. Entre as vítimas mortais do massacre de 17 de abril de 1999 estava o filho de Manuel Carrascalão, dirigente histórico da resistência de Timor-Leste, que, nesse dia, viu a sua casa ser atacada..O massacre aconteceu a poucos meses da realização do referendo de 30 de agosto, que levou Timor-Leste à independência, depois de mais de 20 anos de ocupação indonésia..Sob mediação da ONU, Portugal e Indonésia concordaram com a realização de uma consulta popular sobre o futuro de Timor. Quase 80% votou contra a integração na Indonésia..Apesar das dificuldades, a antiga colónia portuguesa tornou-se independente a 20 de maio de 2002.