Fatura da luz baixa entre 85 e 91 cêntimos no início de 2025
A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos aprovou as tarifas e preços para a energia elétrica a partir de 1 de janeiro de 2025. No mercado regulado, que abrange cerca de 870 mil clientes, "as tarifas transitórias de venda a clientes finais em Baixa Tensão Normal (BTN) apresentam, em média, uma variação de 2,1% tanto em termos anuais, quanto em termos mensais", informa a ERSE em comunicado.
Para as tipologias mais representativas de clientes residenciais, esta subida de 2,1% traduz-se "num aumento entre 0,64 e 1,60 euros na fatura mensal, sem contabilizar as taxas e impostos. Com taxas e impostos, a fatura mensal apresentará reduções entre 0,85 e 0,91 euros no início do próximo ano, devido à alteração legislativa que aumenta o valor do consumo de energia sujeito à taxa reduzida de IVA", explica o regulador da energia.
Ou seja, um casal sem filhos com potência contratada de 3,45 kVA e consumo 1900 kWh/ano pagará uma fatura média mensal de 31,44 euros sem taxas e impostos (mais 64 cêntimos) e de 36,64 euros com taxas e impostos (menos 85 cêntimos).
No caso de um casal com dois filhos, potência de 6,9 kVA e consumo de 5000 kWh/ano, o custo é de 78,76 euros sem taxas nem impostos (mais 1,60 euros) e de 94,75 euros com taxas e impostos (menos 91 cêntimos).
Em 2024 a subida foi de 2,9% e no período entre 2021e 2025 a variação média anual das tarifas no mercado regulado salda-se em 1,9%, revela a ERSE.
No mercado liberalizado, com cerca de 5,7 milhões de consumidores, os preços variam de empresa para empresa e consoante o contrato do cliente. No entanto, o preço inclui as chamadas tarifas de Acesso às Redes, que são reguladas pela ERSE, e que "refletem a utilização coletiva das infraestruturas de redes e estão incluídas nos preços finais pagos
pelos consumidores". E estas, para os clientes residenciais, vão baixar 3,6% de dezembro de 2024 para janeiro de 2025.
As famílias com tarifa social, tanto no mercado regulado como no liberalizado, beneficiam de um desconto de 33,8% no próximo ano, tal como prevê o despacho de 18 de outubro assinado pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, que fixa a tarifa social de eletricidade aplicável a partir de 1 de janeiro de 2025.