Nascida em 1980, a Carmo Wood fatura mais de 75 milhões de euros e conta, atualmente, com mais de 350 trabalhadores, exportando para dezenas de países. A empresa, que perdeu uma fábrica nos grandes incêndios de 2017 – entretanto reconstruída e aumentada – e que viu afundar o seu primeiro escritório flutuante, na baía de Bordéus – por responsabilidade da empresa que fabrica os flutuadores – continua a reerguer-se.Depois de inaugurar, com sucesso, os primeiros escritórios flutuantes construídos em França, no verão de 2022, onde é líder de mercado na área agrícola, a Carmo Wood entrou numa nova fase com a saída do fundador e, até há muito pouco tempo, presidente da empresa, Jorge Milne e Carmo. Afastado da gestão executiva da Carmo desde 2024, o então responsável já tinha aberto o capital à gestora de fundos de private equity e venture capital Iberis Capital, que tomou uma posição de 20% no grupo, em conjunto com um coinvestidor. Quando saiu, em 2024, Milne e Carmo entregou a gestão da empresa a dois CEO – um para a área agrícola e outro para a área florestal. O objetivo era aumentar o foco na internacionalização e no crescimento sustentado da marca, nas duas áreas de negócio, sem perder qualidade e foco. Esta segunda-feira, na apresentação que fez ao público, a Carmo reforçou esta visão de consolidação do negócio, e aproveitou para apresentar uma nova identidade da marca, também ela mais internacional e mais efetiva na separação das duas áreas de negócio, ganhando cada uma delas uma identidade própria, também.“A Carmo Wood é uma empresa com uma capacidade de adaptação notável. Esta reorganização permite-nos afirmar com mais clareza dois negócios complementares, mas distintos, cada um com identidade própria, sob o mesmo nome de confiança que é a Carmo Wood”, referiu o chairman da empresa, Diogo Lino.“Queremos ser uma marca global de produtos de madeira e é isso que esta nova identidade permite”, referiu durante a apresentação pública da nova imagem. A nova assinatura - “Wood we are” - reforça a “autoridade no setor, com a visão de transformar madeira em soluções que contam histórias e resistem ao tempo”, refere ainda.É nesse seguimento que nascem as duas novas marcas: CWFarm e CWForm. A primeira é especializada em soluções de madeira tratada para vinhas, olivais e fruticultura, e afirmou-se no setor com os seus postes, armações e estruturas de proteção. É liderada por Ricardo Diz. “A nossa missão é marcar o campo com a qualidade e eficiência da madeira, e continuaremos a apoiar o setor agrícola com soluções duradouras e sustentáveis. Contamos continuar a crescer em Portugal, Espanha, França e outros mercados internacionais com base no nosso profundo conhecimento da madeira”, referiu o CEO desta área de negócio na segunda-feira. .Carmo Wood quer ser parte da solução da crise de habitação .Portuguesa Carmo Wood aposta em Espanha onde constrói três novas obras.Já João Figueiredo, CEO da CWForm recorda que este novo capítulo pretende “dar forma ao dia-a-dia através da industrialização sustentável da madeira. Com a nova marca diferenciadora reforçamos a nossa posição como parceiros de confiança em Portugal e apostamos numa imagem aliada à estratégia para conquistar os mercados europeus na engenharia e construção em madeira”.Recordando que a Carmo nasceu como uma marca agrícola e que “talvez tenha feito demasiados passadiços”, atira em jeito de brincadeira, salienta que quer “liderar a revolução na madeira em Portugal”, não deixando o caminho livre para que outra empresa o possa fazer.Ambos os responsáveis sublinham a experiência acumulada, a resistência às adversidades e a capacidade de continuar a inovar da Carmo, patente também neste novo rebranding. É por isso, dizem, que estão seguros de que a empresa continua a seguir o caminho certo. No mesmo sentido, garantem que continuarão a tentar afirmar-se como líderes de mercado, não só em Portugal como no país.