Vendas de portáteis disparam 40% com regresso às aulas online
Portáteis de gamas de menos de 500 euros são os mais procurados pelas famílias para o ensino remoto. Elevada procura está a gerar limitações de stock desses equipamentos nas lojas.
Desde que as famílias portuguesas souberam que o regresso às aulas seria feito a partir de casa, a procura de computadores portáteis aumentou "significativamente". Na Worten, uma das maiores cadeias de retalho eletrónico nacionais, houve um disparo de 40%. Famílias incidem a procura nos portáteis mais em conta, o que está a gerar limitações de stock nesse tipo de equipamentos. Caso queiram levar logo para casa um computador as famílias terão de abrir os cordões à bolsa.
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"Desde que se fala no regresso do ensino à distância é que se registou, efetivamente, um aumento significativo na procura de portáteis - que, por si só, ao longo do ano, é uma das tipologias de produto mais vendidas na Worten - com as vendas a crescerem mais de 40%. Os modelos mais procurados são os de preço inferior a 500 euros", adianta fonte oficial da cadeia de Sonae.
A cadeia "continua a vender portáteis tanto online como nas lojas físicas", garante, apesar de admitir, que "procura mais elevada por produtos com uma ordem de preço inferior a 500 euros" está a gerar limitações de stock das gamas de preço de entrada. "Quando o cliente se desloca a uma loja tem a expectativa de trazer logo o produto consigo. Devido a algumas limitações de stock que estamos a sentir, fruto do aumento da procura, isso poderá não acontecer, sendo necessário encontrar um produto alternativo - uma opção que nem todos os clientes aceitam - ou encomendar o modelo pretendido e aguardar uns dias até poder levantá-lo na loja", diz a mesma fonte.
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Na Fnac - que também tem vindo a registar "um aumento de procura significativo" - esse foco nos terminais mais em conta está igualmente a gerar ruturas de stock, mas a cadeia garante que são temporárias. "O fornecimento de portáteis tem sido constante de todas as marcas principais do mercado, como é o caso da HP, Asus, Lenovo, Acer e Huawei", diz. No entanto, ressalva, "face à procura, existem momentos de rutura temporária especialmente nos preços de entrada (menos de 400 euros) e entre os 600 e 800 euros". Para a escola, diz a cadeia francesa, os portáteis mais procurados estão na gama de preços até 400 euros e, para o teletrabalho entre 600 e 800 euros.
Apesar do aumento da procura na loja online, a cadeia francesa garante que "os prazos de entrega não sofreram alterações significativas" e lembra que, em alternativa à encomenda online com entrega em casa, um cliente Fnac pode levantar na loja mais próxima em apenas 1h, claro está "mediante disponibilidade de stock em loja".
Face ao atual momento de confinamento, na loja online da Worten a procura de portáteis "tem crescido bastante". Com apenas uma fatia das compras a ter de entrega superiores a três dias. "Apenas 10% estão a registar um prazo de entrega superior a três dias", assegura a cadeia. "Metade das encomendas feitas online são entregues em 24 horas e 40% em 2 a 3 dias."
Ana Marcela é jornalista do Dinheiro Vivo