TAP queria mais do que 1,2 mil milhões. Governo cortou montante

Comissão Europeia aprovou auxílios de Estado no valor de 1,2 mil milhões de euros. Governo quer ficar pelos mil milhões e ter uma "almofada" de parte.
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O Governo cortou no valor que a TAP queria inicialmente do Estado para assegurar a liquidez da empresa, revelou esta terça-feira, o secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz.

"A TAP formalizou no dia 1 de junho um pedido de auxílios de Estado ao qual atribuiu um elevado sentido de urgente. O Estado trabalhou no sentido de escrutinar o valor constante nesse pedido, tendo concluído por um valor menor", revelou o governante na audição sobre o Orçamento do Estado suplementar na Comissão de Orçamento e Finanças.

Numa resposta ao deputado do PSD, Alberto Fonseca, Miguel Cruz traçou a cronologia do processo que levou à aprovação das ajudas públicas à companhia aérea e que ainda aguarda pela resposta dos acionistas privados.

"O Estado notificou a Comissão Europeia (CE) no dia 9 de junho e a CE anunciou a aprovação no dia 10 de junho, através de um press release onde diz claramente que aprova aquilo que foi o escrutínio do Estado português sobre as necessidades efetivas da companhia e considera que essas necessidades são absolutamente indispensáveis", frisou o secretário de Estado do Tesouro.

"O Estado português fez um trabalho e definiu um montante de 1,2 mil milhões a utilizar em função das efetivas necessidades da companhia para que possa começar a sua recuperação", sublinhou Miguel Cruz, acrescentando que os "montantes de financiamento previsto está em linha" com as companhias aéreas europeias.

Durante a manhã, o presidente da TAP, Antonoaldo Neves, assumiu que a companhia não vai conseguir pagar o empréstimo do Estado, avançando assim para a reestruturação, cujo plano tem de estar pronto em seis meses para aplicar no primeiro trimestre do próximo ano.

O montante máximo permitido por Bruxelas é de 1,2 mil milhões de euros para injetar na TAP, mas o Governo pretende usar um montante até mil milhões, deixando de parte cerca de 200 milhões em caso de necessidade.

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