Reforços Gedson e Leão para garantir terceira presença seguida no Europeu que falta a Portugal

Médio benfiquista vai estrear-se pelos sub-21, depois de já ter sido internacional AA, e avançado do Lille regressa após oito meses de ausência, para o play off com a Polónia, a disputar esta sexta-feira e no dia 20.

O título de campeão da Europa de sub-21 é o único que escapa as seleções portuguesas masculinas de futebol e, depois de um percurso atribulado durante a fase de grupos da qualificação, Rui Jorge e seus jogadores terão de ultrapassar a Polónia esta sexta-feira (dia 16) em Zabrze e na terça-feira (dia 20) em Chaves para assegurar a terceira presença consecutiva na prova e sonhar em conquistar o título continental que falta às vitrinas da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Para esta dupla cartada decisiva, o selecionador reforçou a jovem equipa das quinas com Gedson Fernandes, médio do Benfica já internacional AA, e Rafael Leão, avançado do Lille que não era convocado desde março, quando ainda representava o Sporting. Reforços importantes para uma equipa que no início do apuramento contou com Rúben Dias, Rúben Neves, Renato Sanches e Gonçalo Guedes, mas que agora desfalcam os sub-21 por se encontrarem às ordens de Fernando Santos na seleção principal, que prepara os dois últimos jogos da fase de grupos da Liga das Nações.

Mesmo sem este quarteto, Rui Jorge tem à sua disposição oito jogadores a atuar no estrangeiro - João Virgínia (Everton), Pedro Pereira (Génova), André Horta (Los Angeles FC), João Carvalho (Nottingham Forest), Diogo Gonçalves (Nottingham Forest), Pereira Lage (Clermont Foot), Diogo Jota (Wolverhampton) e Rafael Leão (Lille).

Outros 10 têm minutos por equipas da I Liga esta temporada: Joel Pereira (720 pelo V. Setúbal), Diogo Leite (450 pelo FC Porto), Jorge Fernandes (577 pelo Tondela), Yuri Ribeiro (180 pelo Benfica), Gedson (1426 pelo Benfica), Xadas (40 pelo Sp. Braga), Stephen Eustáquio (1095 pelo Desp. Chaves), Pepê (50 pelo V. Guimarães), Heriberto (691 pelo Moreirense) e João Félix (190 pelo Benfica). Sobram os portistas Diogo Costa, Fernando Fonseca e Bruno Costa e os benfiquistas Ferro e Pedro Amaral, bastante utilizados nas equipas B.

Sporting a zeros. Benfica a dominar

Na lista de convocados de Rui Jorge não houve espaço para jogadores do Sporting. Nem sequer para Miguel Luís, titular nos últimos jogos dos leões. Além da falta de futebolistas portugueses nascidos a partir de 1996, o emblema de Alvalade não tem equipa B. E o selecionador já avisou que não vai ter muito em conta a Liga Revelação.

No polo oposto, o Benfica é o clube mais representado, com cinco jogadores: Ferro, Pedro Amaral, Yuri Ribeiro, Gedson e João Félix. Pedro Pereira (emprestado ao Génova), Pepê (cedido ao V. Guimarães), Diogo Gonçalves (emprestado ao Nottingham Forest) e Heriberto (cedido ao Moreirense) são outros jogadores ligados contratualmente pelas águias.

Com um total de 78 internacionalizações pelas várias seleções nacionais, o médio Pepê é o recordista da convocatória de Rui Jorge, seguido de Yuri Ribeiro (64), Diogo Gonçalves (64) e Gedson Fernandes (61).

Se olharmos apenas para os jogos que cada um efetuou ao serviço dos sub-21, o médio João Carvalho e o avançado Diogo Jota surgem no topo da lista, com 18. O lateral direito Pedro Pereira e o médio Gedson Fernandes ainda estão a zeros neste escalão.

Sete presenças e duas finais perdidas

Vice-campeão em 1994 e 2015 e terceiro em 2004, Portugal tenta a terceira presença consecutiva e oitava da sua história na fase final de um Europeu desta categoria, desde 1994, enquanto a Polónia, que nunca subiu ao pódio, procura a segunda, após ter sido anfitriã em 2017.

Num torneio que decorreu em todos os anos pares entre 1978 e 2006, a primeira participação portuguesa remonta a 1994, quando a geração de Figo, João Pinto e Rui Costa, entre outros, e comandada por Nelo Vingada, foi derrotada na final (0-1) de Montpellier (França) pela Itália de Toldo, Panucci, Cannavaro, e Pippo Inzaghi.

Em 1996, em Espanha, Portugal voltou a assinar a lista de presenças, tendo sido eliminado pela Itália nos quartos de final; mas só o tornou a fazer em 2002, na Suíça, numa edição em que não passou da fase de grupos, tal como em 2006 (em Portugal) e em 2007 (na Holanda). Pelo meio, um terceiro lugar na Alemanha, em 2004, com uma geração que incluía Bruno Alves, Raúl Meireles, Carlos Martins e Danny, por exemplo.

Após oito anos sem qualquer participação, o regresso teve lugar na República Checa, em 2015, já com Rui Jorge como selecionador. Ricardo Pereira, William Carvalho, Bernardo Silva, João Mário, Raphael Guerreiro e companhia atingiram a final, mas caíram ante a Suécia no desempate por grandes penalidades. Dois anos depois, na Polónia, Portugal voltou a figurar na fase final, embora não tivesse passado a fase de grupos.

Agora, a seleção de sub-21 procura estar presente no torneio que se vai realizar em Itália e São Marino, e cujo sorteio será realizado no dia 23, em Bolonha. Já qualificadas estão Alemanha, Bélgica, Croácia, Sérvia, Dinamarca, França, Inglaterra e a vencedora do grupo de Portugal, a Roménia. Falta definir os dois últimos passageiros: Portugal ou Polónia e Áustria ou Grécia.

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