Beckenbauer suspeito de corrupção na atribuição do Mundial 2018 à Rússia
O antigo futebolista alemão já tinha sido confrontado por supostas irregularidades durante o seu cargo de presidente do comité organizador do Mundial 2006, disputado na Alemanha.
O voto do alemão Franz Beckenbauer na FIFA para a eleição da sede do Mundial 2018 terá sido oferecido à Rússia por três milhões de euros, acrescidos de 1,5 milhões em caso de sucesso, refere nesta quarta-feira a revista Der Spiegel.
A oferta do voto no Comité Executivo da FIFA terá sido feita por um consultor de Franz Beckenbauer, Fedor Radmann, e a revista semanal alemã refere que alguns e-mails referentes ao caso foram publicados na plataforma russa The Insider.
Num desses e-mails, prossegue a Der Spiegel, citada pela EFE, um membro do comité da candidatura russa que viria a receber o Mundial 2018, Alexander Dschordschadse, relata uma suposta mudança de posição de Franz Beckenbauer após alguns contactos.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
"Antes apoiava a candidatura inglesa, mas, depois de contactos com consultores da candidatura australiana, recebemos a informação de que o FB [Beckenbauer] estava disposto a apoiar a candidatura russa", refere Alexander Dschordschadse no e-mail.
Acusado de irregularidades no Mundial 2006 disputado na Alemanha
Durante uma reunião em Moscovo com representantes da candidatura russa, refere ainda a revista alemã, o assessor de Franz Beckenbauer, Fedor Radmann, ofereceu o seu voto no Comité Executivo da FIFA em troca de uma "verba bastante generosa".
A eleição da Rússia para sede do Mundial 2018 foi realizada em 2010. Em 2012, Franz Beckenbauer assinou um contrato como embaixador desportivo de um consórcio russo de gás.