Van Aert veste de vermelho mesmo sem vencer
Wout van Aert voltou a não conseguir subir ao lugar mais alto do pódio. Depois do 3.º lugar no contrarrelógio, o ciclista belga foi 2.º classificado na segunda etapa da Volta a Espanha, que ligou Cascais a Ourém, e que se correu este domingo. O 2.º lugar foi também o que Van Aert ocupou nos Jogos Olímpicos de Paris, tendo sido batido apenas pelo seu compatriota Remco Evenepoel.
O ciclista da Visma-Lease a Bike foi batido pelo australiano Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck). Ainda assim, citado pela Lusa, Wout van Aert assumiu que foi “uma forma muito boa” de começar a Vuelta. “Foi um ano duro, sem qualquer triunfo, até agora, mas vim para cá supermotivado para mudar isso”, afirmou.
Ganhar a etapa era um objetivo, e a equipa “fez um excelente trabalho para haver uma chegada ao sprint”, mas não foi suficiente para vencer.
Ainda assim, com este resultado o ciclista belga conseguiu vestir a camisola vermelha (envergada pelo líder da classificação geral). Com isto, Brandon McNulty (UAE Emirates) desceu ao 2.ºsegundo lugar da geral, com Mathias Vacek (Lidl-Trek) a ser 3.º. João Almeida (UAE Emirates) está agora no 10.º lugar da geral, a 22 segundos de Van Aert. Nélson Oliveira (Movistar) vem logo a seguir, em 11.º, a 23 segundos da frente.
Espetador provoca queda
Marcada pelo calor e pelo vento forte, a tirada de 194 quilómetros ficou ainda na retina por dois outros momentos: a receção a João Almeida nas Caldas da Rainha (concelho de onde é natural) e pelas várias quedas ao longo do trajeto.
O primeiro ciclista a cair foi Dylan van Baarle, que acabou mesmo por abandonar, depois de várias queixas físicas.
Com a velocidade média da prova a ser bastante baixa (na marca dos 37 quilómetros por hora), a corrida ia-se aproximando da meta. No entanto, na subida para o Alto da Batalha (já a menos de 25 quilómetros da meta), o checo Mathias Vacek caiu após ter sido perturbado por alguém do público. O ciclista ficou bastante desagradado e pediu, até, satisfações a um dos espetadores ali presentes, prosseguindo depois a prova, tendo terminado no pelotão.
No entanto, ainda haveria lugar para mais quedas. Na aproximação à meta, numa zona de descida e bastante sinuosa, um grupo de ciclistas (entre os quais Joshua Tarling, da INEOS-Grenadiers) acabou por ir ao chão. Mas como as quedas aconteceram já dentro dos últimos três quilómetros de etapa, todos os ciclistas do grupo foram creditados com o mesmo tempo do pelotão - grupo em que se encontravam à altura do incidente.
Segunda-feira será o último dia de Vuelta em Portugal, com a terceira etapa (e mais dura, até agora), que vai levar os ciclistas da Lousã até Castelo Branco.