Palhinha dá receita para a Eslovénia: “Temos de ser mais objetivos e fazer mais movimentos”
João Palhinha mostrou este sábado uma grande confiança para o jogo com a Eslovénia, marcado para esta segunda-feira, e que vale um lugar nos quartos de final. No entanto, o médio admitiu que a seleção nacional tem de fazer algo diferente para melhorar e evitar surpresas como a que aconteceu com a Geórgia. “Temos de ser mais objetivos, fazer mais movimentos, haver menos jogadores a pedir a bola no pé e tentar penetrar mais no espaço interior”, explicou o internacional português mostrando-se convencido de que “é isso que a equipa vai tentar fazer” contra os eslovenos, reconhecendo ainda que com a Geórgia “muitos jogadores pediram a bola no pé e isso facilitou-lhes o trabalho defensivo” do adversário.
Uma das questões mais quentes em torno do sistema tático a utilizar: os três centrais ou uma defesa a quatro? Palhinha relativizou esse tema considerando que “Portugal tem equipa para jogar com vários sistemas”, mas em jeito de brincadeira recusou-se a revelar qual será utilizado desta vez, deixando uma certeza: “Vamos estar mais do que preparados para dar uma grande resposta. Vamos com tudo.”
O médio admitiu ainda que é preciso que a equipa não seja tão lenta e previsível. “Olhámos para esse aspeto como algo a melhorar. Temos de ser mais objetivos e temos de criar mais oportunidades”, sublinhou, garantindo que nos treinos “a resposta foi ótima” à derrota com a Geórgia e que todos os jogadores estão “muito ansiosos pelo próximo jogo para dar uma grande resposta”.
A equipa das quinas vai voltar a enfrentar um adversário que deverá jogar num bloco muito baixo, o que tem dificultado bastante a tarefa da seleção nacional, sendo por isso que Palhinha diz ser obrigatório se “mais objetivos”, pois essa forma de jogar obriga “a crescer enquanto seleção”. “O mister é que é o responsável e vai escolher a melhor equipa e sistema para defrontarmos a Eslovénia. Não tenho dúvidas de que vamos fazer um excelente jogo, seja em que sistema for”, assumiu.
Quanto à Eslovénia, o médio disse tratar-se de “uma excelente equipa” e “uma das boas surpresas” do Europeu, destacando o avançado Sporar, que foi seu colega de equipa no Sporting: “É um excelente jogador, muito móvel e um jogador que dá muita luta e se esforça. Essa é também a imagem da Eslovénia, que joga com ele e com o Sesko na frente.”
Palhinha alertou ainda para o facto de, à medida que as fases finais avançam, “a competitividade aumenta” e, nesse sentido, admite que pela frente estará uma Eslovénia “muito forte”, que irá “apanhar um Portugal muito forte”. Será um reencontro entre as duas seleções, depois do particular de março em Ljubljana que os eslovenos venceram, mas que Palhinha diz não ter nada a ver: “Será completamente diferente.”
Nesse contexto, Palhinha promete “uma grande resposta” depois de um jogo que correu mal com a Geórgia. “Não há maior motivação para um jogador do que representar o seu país. É com essa motivação que vamos encarar os jogos”, assumiu o médio, que revelou as seleções que mais o impressionaram na primeira fase do Europeu: “A Espanha, que é sempre muito forte, e a Áustria, que está a ser uma belíssima surpresa. Têm muito mérito pela qualificação. A Alemanha também está num grande nível... acho que essas devem ser as mais fortes.”