O ciclista Chris Hoy, de 48 anos, revelou que está a viver os seus últimos anos de vida. A declaração foi feita ao jornal Sunday Times, numa entrevista em que revelou que o cancro que enfrenta está em fase terminal. O atleta campeão olímpico seis vezes, considerado uma lenda no desporto, havia anunciado a doença em fevereiro deste ano, mas sem detalhes..Agora, sabe-se que o cancro começou na próstata e espalhou-se por várias partes do corpo. O escocês descobriu após um desconforto no ombro durante exercícios de rotina. Ele passou por quimioterapia e participa num tratamento experimental..Mas este não é o único desafio de saúde que enfrenta. A esposa, Sarra Kemp, foi diagnosticada com esclerose múltipla "muito agressiva" e também está em tratamento. O casal tem dois filhos, de seis e nove anos, que sabem da doença do pai..Apesar de tudo, disse que mantém a positividade. “Mão no coração, sou bem positivo na maior parte do tempo e tenho felicidade genuína. Isso é maior do que as Olimpíadas. É maior do que qualquer coisa. Isso é sobre apreciar a vida e encontrar alegria", declarou..Após a publicação da entrevista, na noite de sábado, Hoy publicou no Instagram que está se sentindo "em forma, forte e positivo", na legenda de uma foto com uma equipa de comentadores da BBC durante um evento em Copenhaga, na Dinamarca. .Sir Chris possui o título de cavaleiro da Ordem do Império Britânico e ganhou seis ouros olímpicos entre 2004 e 2012. É o segundo maior total de qualquer atleta olímpico britânico, atrás apenas dos sete do também Sir Jason Kenny..A entrevista teve ampla repercussão no Reino Unido. Wes Streeting, secretário de Estado da Saúde, demonstrou solidariedade. "Estou impressionado que Chris Hoy esteja a enfrentar o seu cancro com a mesma positividade e resiliência que definiram a sua vida e carreira. O país inteiro estará a torcer por ele como fizemos tantas vezes antes e enviando-lhe, a ele e sua família, muito amor", escreveu no X (antigo Twitter)..Reformado desde 2013, atualmente Chris Hoy também se dedica a um livro de memórias, onde quer partilhar sua história e ajudar outras pessoas com a mesma doença. "Há mais a ser vivido", disse.