João Félix deixa Atlético de Madrid e assina pelo Chelsea. "Estou muito entusiasmado por estar de regresso"

O futebolista internacional português João Félix é reforço do Chelsea para a nova temporada, tendo assinado um contrato por sete épocas, até 2031, finalizando a sua ligação ao Atlético Madrid, anunciou esta quarta-feira o clube inglês.

No seu site oficial, o emblema londrino assinalou o regresso do avançado de 24 anos, que já tinha representado o clube na segunda parte da época de 2022/23, mas por empréstimo dos 'colchoneros'.

"Estou muito feliz por regressar ao Chelsea e mal posso esperar para começar. Adorei o tempo que passei no Chelsea e disse aos meus amigos e familiares que, um dia, gostaria de voltar à Premier League. Poder fazê-lo agora e, ainda por cima, com o Chelsea é muito bom. Estou muito entusiasmado por estar de regresso", afirmou João Félix, em declarações divulgadas pelos 'blues'.

Félix encara Chelsea como oportunidade para se fixar

O internacional português disse que a sua ida para o Chelsea, agora a título definitivo e com um contrato por sete épocas, é a oportunidade de se estabelecer num clube.

"É uma hipótese para me estabelecer. Depois de dois empréstimos, Chelsea e Barça, preciso de ficar de forma permanente num lugar. Não existe melhor sítio do que o Chelsea. Vejo-o como um lugar perfeito para brilhar", comentou o avançado português, em declarações divulgadas no site oficial do emblema londrino.

"Foi um pouco de muitas coisas que me fizeram voltar: o projeto, o clube, a Liga, os adeptos e o tempo que passei aqui, que adorei", acrescentou o futebolista.

Neste seu regresso, depois de uma época no FC Barcelona e também por empréstimo do Atlético de Madrid, Félix considera que cresceu enquanto jogador e que se sente agora mais preparado para a Liga inglesa.

"Mudei um pouco desde que aqui estive. Tenho 24 anos, faço 25 em novembro. Sinto que cresci como jogador e isso é normal com a idade. Estou mais preparado para a Premier League", admitiu.

Um contexto que faz o avançado acreditar que os melhores anos ainda estão para vir.

"Não tenho dúvidas disso. Os melhores anos estão para vir. E este ano vai ser bom, agora estou numa casa permanente e posso apreciar isso", justificou, acrescentando que pode encaixar nos métodos do novo técnico do Chelsea, Enzo Maresca.

Nesse sentido, João Félix espera jogar o maior número possível de jogos e ajudar o clube a voltar ao topo do futebol mundial. "O Chelsea precisa de lá estar. Esta época, temos de ter um bom desempenho e vou fazer o máximo para ajudar", disse ainda. 

Na equipa londrina, o avançado vai encontrar o também internacional luso Pedro Neto, na sua primeira época após transferir-se do Wolverhampton, bem como o médio Renato Veiga, que chegou proveniente do Basileia.

Apesar de nenhum dos emblemas ter adiantado os valores envolvidos no negócio, tanto a imprensa espanhola como a inglesa referem que o Chelsea pagou 50 milhões de euros (ME) fixos pela transferência do avançado luso, aos quais poderão acrescer cinco milhões mediante o cumprimento de determinados objetivos.

Félix abandona assim definitivamente o Atlético Madrid, após uma ligação de cinco anos, numa passagem algo conturbada pelo clube, com vários episódios de conflito, não só com o técnico Diego Simeone, mas também com os adeptos do clube da capital.

Formado no Benfica e depois de uma segunda parte da época de 2018/19 em 'grande' na equipa principal - em que foi determinante para a conquista do título de campeão português -, Félix seguiu para o Atlético Madrid numa transferência recorde de 120 ME, mas nunca se afirmou em Espanha, apesar de ter ajudado a conquistar o título de 2020/21.

Em 2022/23, o avançado esteve emprestado ao Chelsea na segunda metade da época, registando quatro golos em 20 jogos pelo emblema da Premier League.

Na última temporada, Félix viveu nova cedência, desta vez ao FC Barcelona, mas, apesar de um bom arranque, acabou por terminar a temporada fora do habitual 'onze' inicial da equipa catalã.

Pela seleção nacional, o avançado tem 41 jogos e oito golos, tendo ficando recentemente ligado à eliminação de Portugal na Euro2024 nos quartos de final, com a França, ao falhar a grande penalidade que ditou o adeus luso no desempate por castigos máximos.