Estoril pede desculpas à menina com camisola do FC Porto
O Estoril Praia pediu este domingo desculpas, em comunicado, à menina com a camisola do FC Porto que no sábado viu o pai ser insultado no Estádio António Coimbra da Mota.
Em texto publicado nas redes sociais do clube, o Estoril deseja que a criança nunca deixe de apreciar "a verdadeira essência do desporto" e condena o ocorrido.
Além disso, garante que continuará a trabalhar com as entidades competentes para evitar episódios do género.
"O Estoril Praia condena todo e qualquer ato de violência, seja ele de que natureza for. Temos mais de 80 anos de serviço ao desporto e à formação, com respeito integral pelo fair-play. Este é o nosso ADN e não desistimos da nossa missão", lê-se no texto.
"Lamentamos profundamente a situação vivida pela filha do adepto do FC Porto no Estádio António Coimbra da Mota, pedindo-lhe desculpas e desejando que nunca deixe de apreciar a verdadeira essência do desporto", prossegue.
"Condenamos as atitudes de quem não consegue controlar as suas emoções e permite que atitudes provocatórias de supostos adeptos de futebol se transformem num momento lamentável de agressividade que não tem lugar num estádio de futebol".
"Condenamos, ainda, todos os atos praticados por supostos adeptos de futebol que encaram os espetáculos desportivos como espaços privilegiados para destilar ódio e praticar comportamentos que todos consideramos inaceitáveis em sociedade".
"Continuaremos a apelar a todos os adeptos dos clubes que nos visitam que se juntem a nós na partilha do respeito pelo fair-play, como, de resto, tem acontecido com a larguíssima maioria dos adeptos adversários que têm tido oportunidade de vir ao Estádio António Coimbra da Mota".
"Disponibilizamo-nos, ainda, para continuar a colaborar com as entidades competentes na procura das soluções adequadas que possam impedir este género de episódio de voltar a ocorrer num recinto desportivo", conclui o texto.
O caso foi este domingo condenado pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, através da rede social Twitter, que escreveu: Esta criança e o pai foram vítimas de intolerância inaceitável por parte de um grupo de adeptos da equipa adversária. Este tipo de incidentes não pode ter lugar nos nossos estádios. Como também não podemos aceitar as tentativas de normalização da intolerância no desporto"
Também o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, pediu uma "reflexão conjunta", frisando que "ninguém" pode ficar ausente desta discussão.