Kalorama regressa de 29 a 31 de agosto com um novo palco e ligação a Madrid
No terreiro do Paço em Lisboa, a banda Unsafe Space Garden segurava esta terça-feira cartazes com diversas frases como “Common Ground” (terreno comum,em p ortuguês). Foi assim que começou a conferência de imprensa do festival Meo Kalorama, que está de regresso ao Parque da Bela Vista, em Lisboa, com um novo palco, de ligação ao festival com o mesmo nome que decorre em simultâneo em Madrid.
Pedro Rocha / Global Imagens
O evento vai realizar-se de 29 a 31 de agosto e o cartaz conta com nomes como Massive Attack, LCD Soundsystem e Sam Smith. A organização revelou esta terça-feira novas confirmações para o palco Panorama, sendo na sua maioria DJ sets: Cheriii, o DJ Lambo, DJ Python, Kampire , Yizhao e Kiddy Smile, CC:Discoi, Cormac, Merve, Noia , Zsongo Club Showcase, Fabiana Palladino, Monobloc e Catana.
Durante estes três dias, para além do festival em Lisboa, o Kalorama vai pela primeira vez acontecer em Madrid, Espanha, nas mesmas datas. Para o diretor da Last Tour Portugal, organizadora do festival, Diogo Marques, a internacionalização deste festival significa que o evento amadureceu. “Conseguimos que em dois anos o festival estivesse estável, maduro e com o número de público que nós pretendíamos. Significa muito para nós, para os lisboetas e é um orgulho tremendo”, afirmou em conversa com o DN, depois da conferência de imprensa.
O Parque da Bela Vista vai ter um portal de ligação com o Centro de Exposições IFEMA Madrid, lugar onde se vai realizar o evento em Espanha. Através de câmaras e um ecrã, os festivaleiros poderão interagir uns com os outros mesmo a quilómetros de distância. “Vai haver uma interação entre os dois locais com câmaras que ligam as duas cidades. As pessoas podem interagir de um lado e do outro, podem passar à frente do ecrã, dizer adeus, dizer qualquer coisa”, explicou Diogo Marques.
Para além da internalização do festival, outra das novidades é um novo palco dedicado à cidade - Palco Lisboa. Neste palco vão atuar artistas de seis nacionalidades diferentes como Loyle Carner, English Teacher, Glockenwise, Yves Tumor, Jalen Ngonda, Nation of Language. O vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Ângelo Pereira, explicou ao DN que este palco é uma forma de apoio da autarquia. “É a primeira vez que haverá um palco em nome de uma cidade. É uma forma de apoiar a arte, a cultura e a música. O objetivo é o envolvimento da cidade de Lisboa no festival. Os artistas locais da cidade de Lisboa vão ter esta oportunidade de tocar neste palco”.
Outra novidade ainda vai ser o espaço Balore no Parque da Bela Vista com vários pontos de informação sobre inclusão, direitos humanos e sustentabilidade. Por sua vez, o Ponto Púrpura vai dar informações sobre a prevenção e denúncia de assédio. Já o Ponto Arco-Íris vai focar-se no compromisso do festival com a comunidade LGBTQ+ e o Ponto Verde foca-se nas medidas ambientais do evento. Haverá ainda um ponto sobre as áreas de acessibilidade do festival e outro sobre as colaborações e alianças com projetos sociais.
Ainda sobre a inclusão, o diretor da Last Tour Portugal, Diogo Marques, menciona que foram criadas mais condições de acessibilidade. “Criámos também condições para que qualquer pessoa, seja qual for a limitação que tenha, possa ir ao festival. Temos espaços preparados para surdos, espaços preparados para invisuais, espaços preparados para mobilidade reduzida”.
Mais uma vez a vertente artística vai continuar a fazer parte da terceira edição do festival com a Underdogs, uma plataforma cultural em Lisboa. Este ano a temática chama-se Interconnectedness (interligação, em português). “Queremos trazer este conceito sobre a interligação e as relações que nós temos enquanto seres humanos. Vamos trazer não só experiências digitais como experiências mais materiais. Procuramos aqui fazer aqui esta reflexão sobre como nós hoje em dia estamos todos interligados através da internet eas ligações mais pessoais”, sublinhou Catarina Pedroso da Underdogs em conversa com o DN.
Este tema vai ser representado no design de cada um dos quatro palcos e será da responsabilidade de quatro artistas. O artista Nuno Pimenta será responsável pelo Palco Meo e Ana Malta a responsável pelo Palco São Miguel. Para além dos palcos, Catarina Pedroso revelou ao DN que a Underdogs irá dar vários workshops durante o evento e terá uma ativação com uma ativação com uma rampa de skate.
Este ano, os festivaleiros vão poder ainda usufruir de um desconto de 10 euros (no caso dos detentores dos bilhetes diários) e 25 euros (no passe de três dias para o festival) no seu cartão navegante®. Este desconto vai estar disponível a partir de 4 de julho.