Joye Tempest, vocalista dos Europe.
Joye Tempest, vocalista dos Europe.Afonso Batista, Rock in Rio Lisboa

Europe: a contagem continua mas ainda não é final

A banda sueca divertiu-se e entreteve quem assistiu ao seu concerto de hard rock dos anos 80 no primeiro dia do Rock in Rio Lisboa. E não faltou o “hino” 'The Final Contdown'.
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Sem grandes demoras, à hora marcada, 21.15h, a banda sueca formada em 1979 e liderada pelo vocalista Joey Tempest começou o seu concerto com a música On Broken Wings .

O carismático vocalista - que mantém intactas as capacidades vocais e desfilou as suas poses típicas de estrela de rock do final dos anos 80 - puxou pelo público e avançou sem demora para a segunda música, a conhecida Rock The Night (do álbum The Final Countdown, de 1986)

Segui-se Walk the Earth, do álbum homónimo, editado em 2017. Entre agradecimentos ao público, Tempest mostrava-se divertido com o concerto e, em palco, e não parou um minuto, quer aos saltos ou a rodar o suporte do seu microfone, a sua imagem de marca. Aproveitou um momento entre músicas e, sucintamente, disse o quão incrível era estar ali a tocar com os seus amigos de adolescência, e que já o fazia há 40 anos.

Para além de Tempest, a banda atualmente é composta pelo baxista John Léven (o único membro da banda que gravou com Joey Tempest todo os álbuns dos Europe), John Norum (guitarrista), também da formação original, Mic Michaeli (teclado) e o baterista Ian Haugland, este dois juntaram-se à banda em 1984.

Seguiram-se Scream of Anger, do album Wings of Tomorrow, de 1984, Screen of Times, do album Out of This World, de 1988, acompanhado por um solo nas teclas de Mic Michaeli.

Depois de um breve momento de pausa, apresentaram uma música gravada no ano passado, Hold your Head Up, a fazer lembrar o hard rock do final dos anos setenta - uma sonoridade parecida com os Whitesnake ou Deep Purple dessa altura.

A seguir, um dos momentos altos da noite. Quem percebe de música sabe que as bandas de hard rock fazem as melhores baladas,e Carrie, do album The Final Countdown (1986), é uma dessas músicas com as quais muitos dos adolescentes dos anos oitenta namoraram. Muitos deles, notava-se, estavam na audiência do primeiro dia do Rock in Rio Lisboa.

Eduardo Filho / Rock in Rio

O próprio Joye Tempest adjetivou de “fantástica” a resposta do público à música, só faltaram os isqueiros de outrora, atualmente substituídos pelas luzes dos smartphones.

Tempest pegou então numa guitarra elétrica para ajudar no ritmo de Last Look At Eden (do álbum Europe, de 2009). Ready or Not (do album Out of this World, de 1988) foi a música seguinte e depois outro hit do mesmo álbum: Superticious. No meio da música, os nórdicos e (agora menos) loiros foram buscar os ritmos do raggae, cantando No Woman, No Cry, de Bob Marley e os Wailers.

O irrequieto vocalista saiu do palco e veio para junto do público para os cumprimentos da prache junto dos fãs.

A penultima música foi Cherokee. E para terminar em apoteose a prestação, a música mais conhecida da banda: The Final Countdown, cantada a preceito e quase sem falhas pelo público. A recordar o videoclipe da música que durante meses e meses passou nos canais da RTP e mostrava um Tempest um pouco andrógino de farta cabeleira encaracolada. 

Os Europe cumpriram a sua hora de concerto com profissionalismo e com a “ajuda” da voz do sexagenário Joey Tempest, que está praticamente igual aos anos 80.
O vocalista sabe-o e diverte-se muito com isso.

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