O crescimento da economia vai começar a refletir-se nos juros pagos pelos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM). Quem subscreveu estes produtos há quatro anos terá direito, pela primeira vez, ao bónus relacionado com o desempenho da economia. Terá um juro de 6,88% relativo ao quarto ano da aplicação..À remuneração base ilíquida de 5% no quarto ano da aplicação, acrescem 1,88% relacionados com o bónus correspondente a 80% do crescimento médio real do PIB nos últimos quatro trimestres, segundo a informação disponibilizada no site da agência que gere o crédito público, o IGCP.."O prémio de remuneração dos CTPM a vigorar no próximo mês de novembro será de 1,88%", refere a agência liderada por Cristina Casalinho, tendo em conta o crescimento médio do PIB de 2,35% do PIB entre o terceiro trimestre de 2016 e o segundo trimestre de 2017. Quem subscreveu o produto a 31 de outubro de 2013 terá também direito ao mesmo valor de prémio..Os CTPM foram lançados a 31 de outubro de 2013 com o objetivo de aumentar o contributo dos aforradores particulares no financiamento do Estado. Mas, à medida que as taxas de juro no mercado e noutros produtos de poupança foram caindo, também a remuneração destes produtos baixou..Em fevereiro de 2015 tinha sido decidido um corte nos juros pagos a quem subscrevesse os produtos a partir dessa data. E na semana passada, o governo decidiu acabar com os CTPM para os substituir por um novo produto, os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), que têm remunerações mais baixas. Essa alteração teve efeito desde a passada segunda-feira.Quem subscrevesse certificados entre outubro de 2013 e janeiro de 2015 teria uma taxa média ilíquida durante os cinco anos da aplicação de 4,20%, a que acresce o bónus do PIB nos dois últimos anos. A partir de fevereiro de 2015 esse juro médio anual caiu para 2,25%, apesar de ter também direito ao prémio do PIB a partir do quarto ano..Já os CTPC têm uma taxa efetiva ilíquida de 1,38% para quem os mantiver durante sete anos. Mas começam a pagar um prémio em função do crescimento do PIB logo a partir do segundo ano da aplicação. Mas de apenas 40% da taxa de crescimento da economia.