Cimpor com prejuízo de 589 milhões até setembro

Cimpor apresenta hoje um capital próprio consolidado negativo em 227 milhões - era positivo em 309 milhões no final de 2015
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A Cimpor comunicou ao início da noite ter fechado as contas do terceiro trimestre deste ano com um prejuízo de 589,1 milhões de euros acumulado desde janeiro. Em 2015, e até setembro, o prejuízo da Cimpor tinha sido de 42,7 milhões.

Segundo a empresa, os "resultados líquidos do terceiro trimestre foram negativos e ficaram 30 milhões aquém" do mesmo período de 2015. "Em termos acumulados" os resultados líquidos "registaram uma perda de 589 milhões, marcados pela imparidade de 452 milhões no goodwill (Brasil) registada no segundo trimestre de 2016".

No período compreendido entre julho e setembro, a cimenteira registou um prejuízo de 60,7 milhões, contra as perdas de 29,9 milhões no mesmo período de 2015. A Cimpor apresenta hoje um capital próprio consolidado negativo em 227 milhões - era positivo em 309 milhões no final de 2015.

Em comunicado, a Cimpor realça as melhorias conseguidas nas vendas, volume de negócios e EBITDA no terceiro trimestre, em comparação com o anterior, e compromete-se a prosseguir com a "reestruturação focada na assertividade comercial e no aumento de eficiência".

Olhando para a totalidade do ano, a Cimpor vendeu menos 550 milhões de euros entre janeiro e setembro - de 1,927 mil milhões para 1,379 mil milhões -, com os resultados operacionais a quebrarem de 248 milhões positivos em 2015 para os 332 milhões negativos este ano.

As vendas de cimento e clínquer conseguidas pela empresa caíram a ritmos de dois dígitos nos principais mercados, como Brasil (-19,5%), Argentina (-11,7%) e Portugal (-35,7%). No total, a quebra nas vendas foi de 12% no trimestre e de 15% entre janeiro e setembro.

Estas quebras arrastaram o volume de negócios da Cimpor, que recuou 23% no trimestre e 28,5% no ano, destacando-se novamente o Brasil (-41,6%), Argentina (-24%) e Portugal (-23,1%).

A Cimpor chegou ainda ao final de setembro com 848 milhões de euros em passivos contingentes não provisionados relacionados com processos judiciais e/ou reclamações - eram 659 milhões de euros a 31 de dezembro de 2015.

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