Agora, a previsão é de que este segmento irá crescer 17,3% ao ano até 2030, quando atingirá um valor de 4,15 mil milhões de euros. Trata-se de um salto relevante em relação aos 1,59 mil milhões registados no ano passado. Segundo o relatório “Wireless IoT Connectivity Chipset Market Report”, da IoT Analytics, há três fatores que estão a impulsionar este mercado: a adoção de chipsets de baixo consumo, a retoma das atualizações de Wi-Fi empresarial para novos padrões como o Wi-Fi 6E e 7, e o aparecimento do Wi-Fi HaLow para aplicações de longo alcance. “O Wi-Fi está a expandir-se para novos segmentos da IoT, com o Wi-Fi de baixo consumo e o Wi-Fi HaLow a endereçarem as limitações de potência e alcance que anteriormente favoreceram outros protocolos”, explica Satyajit Sinha, principal analista da consultora IoT Analytics. O Wi-Fi de baixo consumo permite que dispositivos alimentados por baterias, como por exemplo sensores, fechaduras inteligentes e câmaras, funcionem de forma mais eficiente em ambientes Wi-Fi. O Wi-Fi Hallow, indica o analista, encaixa bem em aplicações industriais e agrícolas, incluindo monitorização remota, vigilância de perímetro e sistemas de controlo de grandes instalações. “Em conjunto, estas tecnologias reposicionam o Wi-Fi como um chipset flexível para IoT que pode suportar tanto aplicações com largura de banda restrita quanto elevada.” Qualcomm (19%) e Broadcom (18%) têm as maiores fatias de um mercado que a consultora avalia como competitivo. Com maior eficiência energética, mais fiabilidade e longo alcance, o Wi-Fi torna-se uma opção viável para um número crescente de dispositivos IoT alimentados por bateria. Esta evolução é importante numa altura em que cada vez mais empresas adotam aplicações IoT e há uma explosão no número de sensores – serão 30 mil milhões no final de 2025, elevando a fasquia de competitividade no mundo hiperconectado.