Yucatán mobilizado contra 'Dean'

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Filas intermináveis nos aeroportos, hotéis vazios, população local a armazenar mantimentos e trabalhadores das plataformas petrolíferas retirados. Era este o cenário ontem no México onde a chegada do furacão Dean estava prevista para o final da noite. As autoridades da província do Yucatán estavam em alerta máximo com a aproximação do furacão que já matou nove pessoas nas Caraíbas e deverá agora atingir a categoria 5, a mais elevada na escala de Saffir-Simpson, com ventos superiores a 249 km/h.

Primeiro furacão da temporada no Atlântico, o Dean, que passou pelo Belize e Honduras antes de chegar ao México, levou as autoridades destes países a decretar o alerta amarelo na perspectiva de chuvas fortes e inundações. O Presidente mexicano, Felipe Calderón, que se encontra no Canadá a participar numa cimeira com o seu homólogo americano, George Bush, e o primeiro-ministro canadiano, Stephen Harper, está a acompanhar a situação e poderá regressar ao México mais cedo.

Segundo o centro americano de vigilância de furacões (NHC), o olho do furacão devia atingir a península do Yucatán ao final da noite de ontem. As autoridades mexicanas já retiraram 90 mil turistas da estância balnear de Cancún e das ilhas da região, bem como 13 mil trabalhadores das plataformas petrolíferas do Golfo do México.

Mil polícias, 1200 militares e a Cruz Vermelha estão prontos para intervir em caso de necessidade. Os habitantes do Yucatán já começaram a colocar tábuas nas janelas e portas para se proteger das rajadas do Dean que, nos últimos dias, causou estragos no Haiti e República Dominicana.

Pelo caminho, o Dean deixou um rasto de destruição. Na Jamaica, onde o furacão passou na noite de domingo para ontem, a primeira-ministra, Portia Simpson-Miller, decretou um mês de estado de emergência. Naquela ilha das Caraíbas, muito habituada a furacões, o Dean arrancou telhados e árvores, inundou estradas e deixou centenas de casas sem electricidade. Não se registaram quaisquer vítimas mortais, uma vez que o centro da tempestade passou a sul da ilha.

O Canadá e os EUA já anunciaram o envio de ajuda para a Jamaica. Washington prometeu cem mil dólares para apoiar as populações afectadas. Otava, por seu lado, disponibilizou 1,9 milhões de dólares.

Em Cuba, onde 630 mil pessoas haviam sido retiradas das suas casas, o Dean apenas provocou inundações sem gravidade. |- H.T. com agências e ELIZABETH RUIZ-EPA/LUSA (imagem)

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