Wilma é o pior furacão de sempre no Atlântico

Publicado a
Atualizado a

O furacão Wilma transformou-se no furacão mais potente de sempre registado no Atlântico. Durante o dia de ontem o furacão passou de grau dois para grau cinco, o máximo da escala. No Haiti, 11 pessoas já morreram na sequência de desabamentos de terras e inundações, provocadas por chuvas torrenciais à passagem do Wilma. O furacão dirige-se para a costa de Cuba e a península de Iucatão, no México, e ameaça atingir a Flórida no fim de semana.

De acordo com o Centro de Furacões norte-americano, sediado na Florida, o Wilma, com ventos na ordem dos 280 quilómetros por hora, dirige-se para noroeste a uma velocidade de 13 quilómetros por hora. As previsões apontam para que, uma vez no Golfo do México, ele vire para nordeste e se dirija à Florida, onde poderá provocar mais estragos que o Katrina ou o Rita.

A Casa Branca já apelou aos habitantes da Florida para que sigam as indicações das autoridades locais, nomeadamente no que toca a ordens de evacuação. "O presidente Bush está informado das últimas evoluções do Wilma. Apelamos aos habitantes da Florida e da região do Golfo do México, para que escutem as autoridades e sigam os seus conselhos", declarou à agência noticiosa France Presse um porta-voz da Casa Branca. As autoridades americanas já evacuaram todos os turistas das ilhas Keys, perto do sul da Florida.

Os habitantes deste estado redobraram os cuidados e começaram a proteger as suas casas. Segundo a BBC, as pessoas aprenderam a lição do Katrina e do Rita. Os supermercados reforçaram os stocks de comida e água e o estado repõe sucessivamente as reservas de alimentos de emergência.

Também as autoridades mexicanas pediram aos turistas de férias na região de Cancun para regressarem a casa, devido à aproximação do furacão, que deverá atingir a província de Iucatão, no México, na quinta-feira. O responsável da protecção civil mexicana considerou que, mesmo que o nível de alerta máximo não seja decretado, o melhor é que os turistas abandonem a região, para facilitar uma possível evacuação em massa.

Em Havana, Cuba, foi decretado o estado de alerta ciclónico. Mais de 90 mil habitantes das zonas costeiras serão evacuados nas próximas horas, segundo um comunicado da protecção civil.

O Wilma é o décimo segundo furacão desta temporada - que começou em Junho e termina em Novembro - um número que não se verificava desde 1969. Isto vem confirmar os prognósticos dos meteorologistas, segundo os quais aquela região entrou num novo ciclo de intensificação do número e da violência dos ciclones, depois de um relativo apaziguamento na última década.

Um furacão de categoria 5, como este, é considerado catastrófico. Provoca ventos de pelo menos 249 quilómetros por hora e um subida de 5,6 metros das águas do mar. As portas e janelas não resistem, os vidros explodem. Muitas habitações são destruídas. Este tipo de furacões é muito raro.

Em Setembro de 2004, o furacão Ivan enquadrava-se na categoria cinco quando atingiu as Caraíbas e o sul dos Estados Unidos e fez 108 mortes. O Katrina, que provocou mais de 1200 mortes na Florida e na costa do Golfo do México, era um furacão de grau quatro quando chegou a terra.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt