A variedade de estilos é grande, os espaços de exibição são seis, a maioria das sessões competitivas acontece à noite e não é preciso bilhete para assistir. Estes são os trunfos que fazem com que a organização do ViMus - Festival Internacional de Video Musical esteja satisfeita com a primeira edição do evento que termina hoje na Póvoa de Varzim..Em cinco bares da cidade, as exibições são em simultâneo, mas com blocos de videos diferentes. No bar Plastic, perante um público juvenil, os videos passavam, sexta-feira à noite, despercebidos. As conversas dominavam e, de vez em quando, os olhos espreitavam os televisores. Já no Oito Zero, foi notório o entusiasmo quando passou John Captain, dos portugueses Born a Lion.."Sabemos que nem todos estão ali para ver os videos. Mas as pessoas prestam sempre atenção e têm os videos numa dimensão diferente, já que colocamos muitos equipamentos em cada espaço", disse Marco Santos, da organização. "Não é a mesma coisa que estar a passar a MTV na televisão de um bar", justificou, convicto que é o primeiro ano e a adesão ainda pode melhorar. "Para já, o balanço é positivo.".No Diana Bar, espaço central do festival, o ambiente é diferente. O écrã é maior e o público revela-se mais fiel ao conceito do festival, interessado nos videosclips e nos videodocumentários..Na competição, nacional e internacional, há videos de diversos géneros musicais, produzidos em 2006 e 2007. Dos norte-americanos Kanye West e The Strokes a Lyapis Trubetskoy, ou aos espanhóis 12Twelve..Hoje ainda há exibições até à 01.30 mas os prémios serão conhecidos numa sessão às 21.30. O júri é constituído pelo produtor espanhol Oscar Sarmento, o realizador português José Pinheiro, pioneiro dos videoclips em Portugal (a que o ViMus dedicou uma retrospectiva), e Nuno Galopim, jornalista do Diário de Notícias.| - D.M.