Vice de candidato assassinado no Equador assume o seu lugar

A ambientalista Andrea González, de 36 anos, foi a escolhida pelo Movimento Constrói para substituir Fernando Villavicencio.
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A candidata a vice-presidente de Fernando Villavicencio, que foi assassinado após um encontro com eleitores em Quito, vai concorrer à presidência no seu lugar, nas eleições de 20 de agosto.

O anúncio foi feito pelo Movimento Constrói. Em comunicado, disseram que Villavicencio tinha escolhido Andrea González para "substituir o presidente em caso de ausência" e, por isso, a direção do movimento decidiu apostar também nela como candidata à presidência.

O nome do candidato à vice-presidência será anunciado nos próximos dias, sendo escolhido de entre as pessoas de "maior confiança" do candidato assassinado a tiro a 9 de agosto.

Andrea González, de 36 anos, é ativista política e engenheira em Gestão Tecnológica pela Universidade do Pacífico. Era aliada de Villavicencio há anos, desde que ele trabalhava como jornalista de investigação antes de entrar na Assembleia Nacional (2021-2023).

Durante o seu trabalho jornalístico, o candidato assassinado revelou vários escândalos de corrupção, entre eles um que levou à justiça o ex-presidente de esquerda Rafael Correa (2007-2017), que conseguiu asilo político na Bélgica e acabou condenado à revelia a oito anos de prisão.

No dia da morte de Villavicencio, González tinha escrito nas redes sociais estar sem palavras. "Tiraram-nos o nosso presidente corajoso. Estou destroçada. O Equador não merece perder-te assim", indicou no Twitter.

Villavicencio era um de três candidatos que aparecia, consoante as sondagens, em segundo lugar na luta pelas presidenciais, todos atrás da favorita, Luisa González.

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