Verão português aberto às músicas do mundo

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Festival MED. Alguns dos maiores nomes de 'world music' contemporânea vão passar por Loulé. A quinta edição do festival algarvio chega numa altura em que os festivais de músicas do mundo são um claro fenómeno a nível nacional. O público português começa a aderir cada vez mais a estes eventos

Festivais de 'world music' são um novo fenómeno

A quinta edição do Festival MED arranca hoje, em Loulé. O seu cartaz traz ao Algarve alguns dos maiores nomes da world music, comprovando uma tendência que tem vindo a verificar-se. De facto, ao longo dos últimos anos, as mostras de música do mundo têm vindo a ganhar terreno em Portugal, mas foi em Sines que arrancou o primeiro festival do género, há 10 anos. O Festival Músicas do Mundo de Sines é hoje um dos maiores eventos musicais do Verão português, o que tornou possível a disseminação do formato.

O Festival MED e o Festival de Músicas do Mundo de Sines podem ser aqueles que se realizam há mais tempo, mas este mês há outros dois eventos que também se destacam dentro do género. São eles o Évora Folk Festival e o Festival Mestiço. A mostra de Évora arrancou na passada sexta-feira e termina na próxima, com a actuação de Tito Paris. O Festival Mestiço, por outro lado, começa amanhã no Porto, e partilha alguns artistas com a mostra de Loulé, mas centra-se nas sonoridades africanas.

A definição de world music é um conceito de origem anglo-saxónica, usado para designar todas as manifestações musicais estrangeiras que fogem aos cânones do pop/rock. Ou seja, a diversidade é a palavra de ordem, como se pode confirmar ao analisar o cartaz do Festival MED. Desde os blues do Mali da dupla Amadou & Mariam, ao pop/rock alternativo dos belgas Zita Swoon, passando pela soul do lendário Salomon Burke, há música para todos os gostos, indepentemente de quaisquer sensibilidades estéticas.

Porém, neste tipo de festivais, os concertos são apenas mais uma atracção uma vez que, além da música e do convívio habituais, estas mostras contam também uma série de actividades paralelas, como exposições de pintura ou feiras de artesanato, assim como debates e colóquios. Esta diversidade pode explicar o sucesso deste tipo de festivais, que começam a surgir um pouco por todo o país.

Esta abordagem multidisciplinar está bem patente no Festival MED. Para além dos principais concertos, também vão decorrer diversas actuações em vários pontos de Loulé, assim como atracções diversas, que incluem desde um espaço dedicado às crianças, até diversos workshops e ateliers.

Porém o grande destaque vai para a Tenda Marroquina, onde será possível provar a gastronomia local, assistir a espectáculos de dança do ventre e até receber massagens mediterrânicas.

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