Vera Mantero, Aldara Bizarro e João Fiadeiro estreiam criações no Alkantara

Os coreógrafos Vera Mantero, Aldara Bizarro e João Fiadeiro vão estrear novas criações na 15.ª edição do Alkantara Festival, em maio e junho, de acordo com a organização, que avançou parte da programação à agência Lusa.
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Organizado pela Associação Alkantara, que comemora 25 anos de atividade este ano, o certame, que acontece de dois em dois anos, vai decorrer de 23 de maio a 09 de junho.

No âmbito da celebração dos 25 anos de atividade, o festival conta com novas criações de Vera Mantero, Aldara Bizarro e João Fiadeiro, três coreógrafos que integraram o programa da primeira edição do festival, em 1993.

Vera Mantero está a desenvolver uma pesquisa a partir do arquivo do artista multidisciplinar Ernesto de Sousa (1921--1988), uma das figuras mais complexas e ativas do seu tempo, que promoveu as sinergias entre gerações de artistas da primeira e da segunda metade do século XX.

Por seu turno, Aldara Bizarro continua, no seu trabalho, a cruzar as componentes artísticas, sociais e pedagógicas e a trabalhar para um público jovem.

No novo trabalho, João Fiadeiro "constrói um dispositivo que se aproxima da linguagem cinematográfica, mas que a contraria, trabalhando o ´fora de campo´, no interior da própria cena, e deslocando o trabalho dramatúrgico para outros lugares", de acordo com a organização.

O Festival apresentará ainda espetáculos como "Corbeaux", concebido pela coreógrafa marroquina Bouchra Ouizguen, que mergulhou na literatura persa dos séculos IX a XII, "uma época em que a figura do louco, a sua sabedoria e irrestrita discursividade tinham um lugar e um papel preponderante na comunidade".

Bruno Beltrão, que participou na edição de 2010 do Alkantara, apresenta "Inoah", onde experimenta formas de movimento cujo ponto de partida é a questão migratória -- nas variantes de perseguição, fuga, travessias e procissões - e o significado de fronteiras fechadas.

A encenadora e cineasta Christiane Jatahy também regressa com "Ítaca", a primeira de três visitas da criadora à "Odisseia" de Homero.

O Ponto de Encontro do Festival volta à casa mãe -- o Espaço Alkantara -- e será o espaço de convergência de artistas, programadores e público, onde decorrerão espetáculos de música, encontros internacionais, debates e outras atividades.

À semelhança das edições anteriores, o festival conta com a colaboração do Maria Matos Teatro Municipal, São Luiz Teatro Municipal, Culturgest, Teatro Nacional D. Maria II e, regressa, depois de muitos anos, ao Castelo de São Jorge.

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