A venda da Oni, concretizada no início deste ano, representou uma perda de 124 milhões de euros para a EDP, entre o valor do investimento realizado e o encaixe com a alienação da empresa de telecomunicações. A Oni foi alienada ao fundo de investimento RiverSide e à Gestmin (sociedade controlada por Manuel Champalimaud) por 160 milhões de euros. Mas como a EDP provisionou as perdas potenciais da Oni ao longo dos últimos anos, esta perda foi considerada uma menos-valia em termos fiscais e permitiu à EDP deduzir o montante de 124 milhões de euros nos impostos a pagar referentes a 2006. .Esta operação vai beneficiar as contas do grupo em 2007, ano em que a eléctrica deixará de consolidar a Oni no seu balanço. .Em 2006, a empresa de telecomunicações afectou os resultados da EDP ao nível do EBIT (resultado operacional) e dos lucros. No ano passado, a operadora de telecomunicações registou um prejuízo de 57 milhões de euros em 2006, a que corresponde um resultado operacional negativo de 34 milhões de euros. Ainda assim, estes indicadores registaram uma melhoria em relação aos apurados em 2005. O EBITDA (cash-flow operacional) foi positivo, de 5,1 milhões de euros. A operadora penalizou a dívida da EDP..Apesar do ganho fiscal na venda da Oni, a eléctrica pagou em 2006 mais 114 milhões de euros em impostos do que no ano anterior. Este agravamento de quase 75% é explicado pelo facto de em 2005, último ano de gestão Talone, a EDP ter beneficiado de um ganho fiscal ainda mais significativo, ao deduzir nos impostos desse ano os custos da reestruturação das operações no Brasil. .Menos 458 efectivos no Brasil.Embora com menor dimensão, a reestruturação no mercado brasileiro continuou no ano passado. As actividades do Brasil foram as principais responsáveis pela redução de 5,2% do número de trabalhadores do grupo no passado. A EDP fechou o ano com 13 575 funcionários, menos 742 do que em 2005. O grupo reduziu em 458 trabalhadores o efectivo no Brasil, que correspondeu a uma diminuição de 14,5% dos funcionários naquele mercado..Em Portugal, a distribuição continua a ser a actividade com maior redução: 154 efectivos no ano passado. A expansão da EDP nas renováveis já é visível no número de trabalhadores, com mais 97 elementos no ano passado. Para já, este efeito é mais visível em Espanha.