Vampiros e sexo no MOV

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Ficção. As cenas eróticas vão ser uma constante ao longo de toda a história, onde os seres que mordem pescoços bebem sangue sintético e convivem com os humanos

Sangue... muito sangue. E sexo... muito sexo... São estes os principais ingredientes da série Sangue Fresco (True Blood, na versão original em inglês). É que nesta ficção da norte- -americana HBO, que vai começar a ser emitida no canal MOV a partir de dia 23, às 22.00, os vampiros são o foco principal da história.

Mas os vampiros de Sangue Fresco não são daqueles que atacam às escondidas e escondem a sua identidade. Aqui convivem com os humanos de forma pacífica... ou quase. Esta aceitação pela sociedade acontece graças à criação de pesquisadores japoneses de um sangue sintético chamado True Blood, onde os vampiros chegam a lutar livremente por direitos civis, enfrentando preconceitos que ainda subsistem. Contudo, continuam apenas a poder sair de suas casas durante a noite. Os vampiros alegam que não precisam mais matar para ter sangue, o que os torna cidadãos como todos os humanos, pagando inclusive impostos. A questão que fica no ar é quanto ao caçar, algo que era impulsionado pela necessidade de sobrevivência, mas agora poderá acontecer por instinto e por prazer.

A história desenrola-se na pequena cidade (fictícia) de Bon Temps, no Louisiana, nos Estados Unidos. É aí que começa a trama e se desenvolve a vida de Sookie Stackhouse (Anna Paquin), uma empregada de balcão do Bar Marlotte que consegue ler os pensamentos dos outros habitantes da localidade. Ela vai apaixonar-se pelo vampiro Bill Compton (Stephen Moyer). A série vai focar-se nesta paixão, até o casal de namorados chegar a ter uma noite de sexo.

Mas o sexo vai estar sempre muito presente ao longo de toda a série, mesmo quando aparece de forma algo despropositada para o desenrolar da história ou para criar algum tipo de envolvência entre as personagens. E no sexo vale tudo, ou melhor, valem todos: humanos com humanos e humanos com vampiros. É esta, mais uma vez, a receita do sucesso de Sangue Fresco. E se a virginal Sookie, no início da série, vai evitando ter sexo com o seu apaixonado, já o seu irmão, Jason, é o completo oposto a nível de ética sexual. Também Tara, a sua atiçada melhor amiga, e uma série de personagens secundárias que injectam vida e sangue nas desventuras desta peculiar vila sulista dos EUA, não demoram muito tempo a entrar na cama uns dos outros e a proporcionar imagens eróticas. É nestas noctívagas e misteriosas ambiências que assenta toda a identidade visual da série. O calor incessante e sufocante dos dias e, sobretudo, das noites, é o mote para as personagens terem alguma facilidade em despirem-se.

Mas durante a história há também alguma moral ou ética, já que há uma chamada de atenção para os direitos das minorias (que neste caso são os vampiros), como se eles fossem uma metáfora da sociedade norte-americana ou ocidental.

Esta série da HBO é do mesmo criador de Sete Palmos de Terra, Alan Ball (Óscar de Melhor Argumento Original com Beleza Americana), que se inspirou nos livros de Charlaine Harris, Southern Vampire, que misturam mistério, romance, suspense e humor.|

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