Ao contrário do que acontece com muita gente, desde criança que Júlio Resende gosta de fado. Na verdade, é mais do que gostar. Logo em tenra idade esta era uma música que o "estremecia". A emoção e a dedicação dos fadistas despertavam algo que as palavras não conseguem definir com exatidão. Seria, por isso, inevitável que mais tarde ou mais cedo o pianista se entregasse ao fado como o faz neste seu primeiro álbum a solo, no qual revisita o repertório de Amália Rodrigues. .Canções como Estranha Forma de Vida ou Uma Casa Portuguesa são algumas das suas memórias musicais mais antigas. "A minha relação com Amália começa pelo facto de ela ter sido sempre uma figura que pairava pela televisão e a rádio, esteve sempre muito presente a encantar-nos com a sua voz, o seu canto, a sua força e as suas canções", lembra o compositor ao DN. .Ainda que tenha começado no jazz, nos últimos anos a sua relação com o fado tornou-se cada vez mais intensa, colaborando com Aldina Duarte, Helder Moutinho ou Vânia Conde. O fado de Amália é também aqui um veículo de descoberta individual. Mas o jazz e a improvisação não estão ausentes na forma como Resende decidiu olhar para esta obra..Leia mais no e-paper do DN.