Uma vez mais, Paul Thomas Anderson fez uma jogada de alto risco. Se, como um famoso e prestigiado escritor português diz, um livro só se torna estimulante quando se sente que não se é capaz de escrevê-lo, então terá sido com idêntico espírito que o realizador de Magnolia (1999) partiu para a aventura de adaptar o romance homónimo do esquivo e recluso escritor americano Thomas Pynchon, considerado infilmável, em Vício Intrínseco, a sua sétima longa-metragem..[youtube:uSnVTEMJoyY].Sobre Pynchon pouco se sabe: é uma espécie de misterioso buraco negro - muito poucas fotografias suas foram publicadas até hoje e ninguém sabe onde vive. Paul Thomas Anderson chegou mesmo a dizer numa entrevista, certamente em tom irónico, que nem sabia se ele existia, embora haja rumores de que o escritor visitou a equipa durante a rodagem. O que nem será inapropriado para descrever a condição hipotética de uma figura como Pynchon, que não parece interessado em existir, muito menos mediaticamente, para lá dos seus livros..Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN