Um nome de referência do cinema do Irão

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O patriarca da família Makhmalbaf nasceu em Teerão, em 1957, e aos 8 anos de idade já trabalhava para ajudar a mãe, solteira. A revolução islâmica que depôs o Xá em 1979 veio encontrá-lo na prisão, onde estava encarcerado há quase cinco anos, pela sua ligação a uma milícia islâmica clandestina e simpatias comunistas. A libertação coi ncidiu com o seu afastamento da militância política e um crescente interesse pela cultura e pelas artes, em especial o cinema e a literatura. Após ter escrito argumentos para filmes de vários outros realizadores,, Mohsen Makhmalbaf estreou-se a filmar em 1983 com Tobeh Nosuh, a que se seguiram o autobiográfico Boycott (1985), The Cyclist (1987) e Marriage of the Blessed (1989). É, juntamente com Abbas Kiarostami, um dos nomes cimeiros do cinema iraniano pós-revolucionário, embora ambos tenham carreiras, visões do cinema e estilos cinematográficos diametralmente opostos. Os filmes de Makhmalbaf tanto podem ser realistas e quotidianos como conter elementos surreais, fantásticos e alegóricos, ou debruçarem-se sobre o próprio cinema, caso da sua "trilogia do cinema", feita entre 1992 e 1995. Entre os seus filmes mais conhecidos no Ocidente, estão O Actor (1993), Salaam Cinema (1995), O Tapete (1997), que o revelou a um público ocidental mais vasto, Kandahar (2001) ou Scream of the Ants (2006).

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