Zelensky confirma bandeira hasteada na Crimeia, mas pede prudência

Kiev tem afirmado repetidamente que pretende recuperar a Crimeia, que é reconhecida internacionalmente como parte da Ucrânia, mas controlada pela Rússia desde 2014, quando as forças de Moscovo tomaram a península.
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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou esta quinta-feira que militares ucranianos iniciaram uma operação na Crimeia, sem baixas até ao momento, mas que ainda é cedo para falar na recuperação daquele território.

"Sim, são os nossos rapazes que lá estão. Está a correr bem, não há baixas, pelo menos não há baixas do nosso lado, o que é bom", sustentou o Presidente ucraniano, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio Presidencial, em Kiev.

Contudo, Volodymyr Zelensky disse que "ainda é cedo para falar da recuperação da Crimeia", apesar de estar em curso uma "operação especial".

Anteriormente, as autoridades ucranianas anunciaram ter hasteado a sua bandeira na península da Crimeia, anexada à Rússia, durante a noite, depois de uma "operação conjunta especial" com a sua Marinha, enquanto o país celebra o Dia da Independência.

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Kiev tem afirmado repetidamente que pretende recuperar a Crimeia, que é reconhecida internacionalmente como parte da Ucrânia, mas controlada pela Rússia desde 2014, quando as forças de Moscovo tomaram a península.

A agência de inteligência ucraniana GUR disse em comunicado que as suas forças especiais desembarcaram na costa ocidental da Crimeia, perto das cidades de Olenivka e Mayak, onde "entraram em combate".

"Como resultado, o inimigo sofreu perdas de pessoal e equipamento inimigo foi destruído", disse, acrescentando que "a bandeira do Estado voltou a ser hasteada na Crimeia ucraniana".

A Ucrânia lançou vários ataques contra a península anexada à Rússia desde o início da invasão de Moscovo, e refere-se ao território como "temporariamente ocupado" em declarações.

Na quarta-feira, Kiev afirmou ter destruído um potente sistema antiaéreo russo S-400 nessa zona, o que, segundo o país, inflingiu um "golpe doloroso" nas defesas aéreas inimigas.

Moscovo também acusou a Ucrânia de atacar a ponte da Crimeia, construída pela Rússia, que foi encerrada devido a vários incidentes, incluindo uma enorme explosão em outubro do ano passado.

A operação e a menção de uma bandeira ucraniana hasteada na península é tanto mais simbólica quanto ocorre no Dia da Independência e no dia seguinte ao Dia da Bandeira Ucraniana.

As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

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