Tratamentos suspensos por problemas bacteriológicos na água
Há cerca de um mês, o deputado do BE João Semedo questionou o ministério tutelado por Álvaro Santos Pereira sobre os motivos da suspensão dos tratamentos nas Termas do Estoril, inauguradas em 2010, e que beneficiaram de um financiamento comunitário de 1,2 milhões de euros.
O Ministério da Economia respondeu que "o novo complexo termal nunca chegou a entrar em funcionamento em virtude de a água apresentar uma alteração bacteriológica, que se sabe estar relacionada com as tubagens do balneário termal que, por regressão, alcançou a água das captações".
Assim, foram suspensos os tratamentos em 2010 para "serem efetuados trabalhos de intervenção e monitorização dos furos para debelar o problema existente", acrescenta o ministério.
O gabinete de Álvaro Santos Pereira adiantou ainda que em julho passado foram desenvolvidas ações de desinfeção e de cimentação total de um dos furos existentes, do qual se verificou uma "melhoria progressiva e significativa dos resultados bacteriológicos", tendo a água já se revelado, nas últimas seis semanas, como bacteriologicamente própria.
"Perante os resultados analíticos agora alcançados, o Governo pensa que se caminha a passos largos para o restabelecimento da qualidade da água mineral natural o que, a acontecer, poderá significar a reabertura a curto prazo do balneário termal", conclui.
Contudo, o Bloco de Esquerda continua a "não compreender as razões evocadas como justificação deste atraso", uma vez que a valência de SPA das Termas já funciona há dois anos e defende que "a abertura das termas é um imperativo".
As termas, inauguradas em abril de 2010, implicaram um investimento de 25 milhões de euros, ajudando a criar mais de 50 postos de trabalho.
As valências terapêuticas do novo equipamento incluem o tratamento de doenças do foro músculo-esquelético, respiratório e dermatológico.