Lançamento. Gonçalo Amaral esperou por anúncio do PGR para publicar livro.Ex-inspector garantiu que só editava obra depois de fim do segredo de justiça.O livro em que o antigo coordenador do caso Maddie explica porque acredita que a menina inglesa morreu no Algarve é lançado na quinta-feira, três dias depois de o procurador-geral da República, como tudo indica, levantar o segredo de justiça do processo. É que Pinto Monteiro revelou anteontem que na próxima segunda-feira anuncia "a solução" do caso. Que deverá passar pelo levantamento do segredo. E Gonçalo Amaral tinha prometido publicar A Verdade da Mentira depois dessa data..O prazo de lançamento do testemunho do ex-inspector da PJ acabou por ser determinado pela rapidez com que Pinto Monteiro anunciou que vai apresentar solução para o caso. A própria editora Guerra e Paz, responsável pelo lançamento da obra, terá sido apanhada de surpresa com o anúncio de Pinto Monteiro e reconhece "estar a trabalhar com a maior rapidez possível" para cumprir o calendário de publicação. .No entanto, não divulga o número de exemplares da primeira tiragem do livro e remete todas as informações para o lançamento público da obra, a decorrer no El Corte Inglés de Lisboa, quinta-feira. Marques Vidal, ex-director-geral da Polícia Judiciária, apresenta a sessão..Como Gonçalo Amaral adianta na obra, num excerto a que o DN teve acesso, "o livro surge da necessidade de repor o bom nome que foi enxovalhado na praça pública e contribuir para a descoberta da verdade material e a realização da justiça, na investigação do Caso Maddie"..O ex-inspector da PJ aproveita ainda para frisar que "uma investigação criminal apenas se compromete com a busca da verdade e não se deve preocupar com o politicamente correcto". Já no passado, o antigo inspector disse que havia "mais política do que polícia neste caso". Em declarações à TVI em 20 de Junho, Gonçalo Amaral reafirmou a sua convicção de que Maddie está morta. "Falta apenas determinar se foi acidente, morte natural ou se houve intervenção de terceiros.".O antigo coordenador foi afastado do caso um dia depois de declarar ao DN que "a polícia britânica tem estado a trabalhar sobre aquilo que o casal McCann pretende".