Sony Music bloqueia canal YouTube de Beyoncé

'Telephone', com Lady Gaga, é um dos vídeos interditados pela editora discográfica <br />
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Em 2006, quando a Google Inc. adquiriu o em larga medida completamente anárquico YouTube, a maior base de dados de vídeo do mundo caiu imediatamente sob fogo cruzado das editoras discográficas e produtoras cinematográficas devido à violação das normas de direitos de autor em que o serviço incorria, não obstante o claro protocolo instituído pela Google em relação à preservação dos direitos dos proprietários dos vídeos incluídos no serviço.

Apesar das leis vigentes do fair use protegerem a publicação de vídeos protegidos pelas leis de direitos de autor, desde que pelos utilizadores do serviço, a Google Inc. foi criticada por permitir a proliferação de vídeos protegidos, por ser a única beneficiada pelo astronómico número de visitas que o YouTube recebe diariamente. Por esta razão, a EMI, a Universal e a Warner Inc. pressionaram, em 2008, a detentora do YouTube a retirar os seus vídeos do serviço, na esperança de firmarem um acordo que lhes permitisse aceder às receitas do site. Face a cedências da parte da Google Inc., que estabeleceu condições para a divisão dos lucros com as editoras (tendo o primeiro sido assinado em Agosto de 2009 a Warner Music), o YouTube tem-se tornado cada vez mais rígido na defesa dos direitos de autor, a começar pela eliminação das faixas sonoras de alguns vídeos protegidos.

Na segunda-feira, a Sony Music bloqueou os vídeos do canal da cantora Beyoncé, que incluindo o recém-estreado teledisco para Telephone, tema em que colabora com Lady Gaga e que já obteve mais de mil milhões de visitantes. O que este bloquei o tem de incomum é o facto de não ser directamente dirigido ao YouTube, mas sim à própria Beyoncé, que publicou os telediscos das suas canções no canal. No entanto, a página no YouTube da VEVO, propriedade da Sony e da Universal, ainda transmite alguns dos vídeos da cantora.

Esta contenção surge no meio da publicação não oficial do Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ou ACTA), que, nos seus trâmites actuais, permitiria aos detentores dos direitos de autor responsabilizar os próprios servidores de Internet (ISP) pelas violações dos seus clientes. Mais, este acordo, que teria vigência internacional, permitiria aos ISP desligar as contas dos seus clientes unilateralmente, caso sejam apanhados em três violações consecutivas.

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