Sobraram 19 réplicas do Museu de Arte Antiga e vão a leilão hoje

Cópias de obras primas do MNAA leiloadas para ajudar a comprar obra prima real de Domingos Sequeira
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Uma Virgem com uma lágrima pintada, o poema inscrito sobre um dos quadros, aquele a que já falta um pedaço e a família pintada por Pieter de Grebber a que foi acrescentado balão que diz Banif e a pistola na mão de uma criança. Estas são as réplicas que podem atingir os valores mais altos no leilão das peças da exposição ComingOut, do Museu Nacional de Arte Antiga. Começa hoje às 10.00 e a julgar pelas 10 mil visualizações registadas no site leiloeira desde 23 de dezembro, a Palácio do Correio Velho, acredita que serão vendidas por mais do que os cem euros de base de licitação. Que as peças "intervencionadas" são as mais apelativas é a convicção do dono da casa, João Pinto Ribeiro. Di-lo enquanto analisa os quadros e os seus danos, nomeadamente a lacuna do retrato de Maria Gonzaga do pintor Jacopo Ligozzi.

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A confirmação só chega no domingo depois das 22.00, altura em que fecha o leilão, e até lá é possível espreitar estas impressões de grandes dimensões em novo local, as salas do Palácio do Correio Velho. Um cenário bem diferente das ruas do centro de Lisboa onde estiveram expostos desde 29 de setembro. Eram 31 então, foram dados à cidade mais três por ocasião do Natal, e destes sobraram 19. Tanto o Museu Nacional de Arte Antiga como a Palácio do Correio Velho admitem (e esperam) que mais obras reapareçam. "Não temos interesse em saber quem são", sublinha António Filipe Pimental, diretor da instituição. "Podem deixá-las do lado de cá do portão à noite", acrescenta a diretora de marketing e comunicação da leiloeira, Diana Rafael.

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