Enfermeiros. Um sindicato cancelou a greve, o outro adiou o pré-aviso de greve

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) decidiu hoje cancelar a greve nacional marcada para a próxima semana. O Sindicato dos Enfermeiros, por seu lado, decidiu adiar a entrega do pré-aviso de greve, mas diz que esta não foi cancelada.
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Apesar de não ter havido acordo na reunião de hoje, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira consideram que houve alguma evolução da posição do Governo e que continuarão a decorrer negociações.

Assim, a greve que estava agendada para dias 3, 4 e 5 de outubro será suspensa. O SEP, apoiado pelo Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, reclama a revisão da carreira até ao final do primeiro semestre de 2018, a reposição das horas de qualidade (horas de trabalho feitas aos fins de semana, feriados e à noite) a partir de janeiro e a extensão das 35 horas semanais de trabalho a todos os enfermeiros antes de julho.

O Sindicato dos Enfermeiros (SE), por seu lado, decidiu não entregar para já o pré-aviso de uma greve que ainda pondera realizar a meio de outubro. "Ficou de nos ser enviado na quarta-feira um novo memorando. Adiámos para já a entrega de um pré-aviso de greve, mas podemos fazê-lo na quarta-feira. Não se trata de um cancelamento da greve que temos prevista, de maneira nenhuma. É um adiamento da entrega do pré-aviso", afirmou José Azevedo à agência Lusa.

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Este sindicato pretendia realizar uma nova greve de cinco dias, com início a 16 de outubro. O horário de 35 horas de trabalho semanal para todos os enfermeiros e o retomar das negociações do acordo coletivo são reivindicações apresentadas pela Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros(FENSE), da qual faz parte o Sindicato dos Enfermeiros e o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE).

Esta manhã, em entrevista à TSF, o primeiro-ministro havia referido a diferença na negociação com ambos os sindicatos.

"O SEP é o único que tem postura dialogante. Tenho otimismo de que seja possível (um acordo). A indicação que tenho por parte do ministro da Saúde é que estamos muito próximo de chegar a acordo", revelou António Costa.

O primeiro-ministro mostrou-se menos otimista em relação às outras estruturas sindicais. "Quando nos vêm propor um aumento salarial de 400 euros, nunca assumimos esse compromisso", sublinhou, referindo-se à reivindicação do Sindicato dos Enfermeiros e do Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem. "Com toda a franqueza tenho dificuldade em compreender a virulência deste protesto tendo em conta o quadro de negociação que está previsto", assinalou António Costa.

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