Estava-se a 19 de Agosto de 2003. O diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que o secretário-geral da ONU nomeara, em Maio e por um período de quatro meses, como seu representante especial no Iraque, encontrava-se no seu gabinete de trabalho no Hotel Canal, no centro de Bagdad. Era ali que as Nações Unidas tinham instalado a sua representação. Nada fazia prever que aquele dia de Verão ficasse marcado pela tragédia. Mas foi o que aconteceu: um suicida fez explodir o camião armadilhado que conduzia junto ao edíficio, provocando a morte de Vieira de Mello, de 55 anos, e de outras 22 pessoas, e ferindo mais de outras cem. A maioria das vítimas e dos feridos eram funcionários da ONU, logo civis. O atentado, que nunca foi reivindicado, revelou o quanto era então frágil a segurança no centro da capital iraquiana. E assim se mantém agora.