Sempre do lado das populações contra a política de direita
Estivemos nas ruas, nos bairros, nas escolas e nos locais de trabalho, divulgámos o trabalho feito e as propostas para o futuro, elevámos o nível do debate e trouxemos o debate político para as questões concretas dos concelhos e freguesias do nosso país e combatemos a demagogia e política-espetáculo. Os candidatos e ativistas da CDU combateram a resignação e a abstenção e afirmaram a necessidade de construção de um projeto alternativo nos concelhos e no país, mobilizando os portugueses para a cada vez mais urgente política patriótica e de esquerda, única resposta capaz de abrir as alamedas do progresso e do futuro aos jovens, trabalhadores e pensionistas do nosso país.
E somos a única força política autárquica que pode assegurar aos cidadãos que estará sempre do lado das populações contra a política de direita, venha essa política de onde vier, e nunca do lado da política de direita contra as populações. Isso será assim nas autarquias geridas pela CDU e em todas as restantes, independentemente de ter reforçado ou diminuído a sua votação.
A CDU caminhou por todo o país, afirmando o seu projeto contra os adversários políticos e contra a barragem de mentiras e omissões da comunicação social dominante, contra as sondagens, contra a manipulação, de rosto erguido e sorriso na cara, frente a frente com as pessoas. Uma vez mais, combatemos a deturpação e a CDU mereceu a confiança de centenas de milhares de portugueses em todo o território nacional, e podemos assegurar que os recém-eleitos da CDU estarão empenhados em dignificar o seu mandato em prol das populações, seja no poder seja na oposição.
As eleições autárquicas são locais e refletem as preocupações locais, mas a perda de confiança dos portugueses nos protagonistas da política de exploração e empobrecimento, principalmente PSD e CDS e a renovada confiança na CDU num vasto conjunto de municípios e freguesias, demonstra bem o repúdio popular pela política de direita da troika e do anterior governo e o apoio àqueles que, na Assembleia da República e fora dela, combateram essa política com todas as suas forças.
As eleições autárquicas não podem resumir-se, contudo, à simples aritmética das maiorias e das autarquias conquistadas. 3092 freguesias e 308 municípios comportam milhares de eleitos e todos desempenham um papel fundamental no poder local democrático e na gestão local do país. Independentemente do resultado e da soma de eleitos que possam vir a verificar-se após a hora da entrega deste artigo, o mais importante é saber que cada um desses eleitos da CDU, não importa onde nem com que percentagem de votos, estará já hoje, dia 2 de outubro, disponível para a luta, lado a lado com as pessoas do seu concelho, para elevar as condições de vida e para defender direitos e conquistar novos avanços.
E é ainda maior a importância do conjunto de eleitos da CDU no contexto da atual fase da vida política nacional, em que, perante as limitações e os constrangimentos que o governo e o PS teimam em aceitar, é preciso afirmar com ainda mais vigor a necessidade de uma política alternativa ao serviço do povo e do país.
Deputado do PCP