Seguranças do presidente sul-africano impedidos de entrar na Polónia

Toda a comitiva do Serviço de Proteção Presidencial da África do Sul foi obrigada a regressar a casa, após 26 horas de negociações com as autoridades polacas. Cyril Ramaphosa está numa viagem oficial para conversar com os presidentes da Ucrânia e da Rússia.
Publicado a
Atualizado a

Os seguranças do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, de viagem à Rússia, tiveram de regressar este sábado ao país devido a uma recusa da Polónia em permitir escala por um problema com a licença de armas.

A comitiva de segurança, com cerca de 120 pessoas, viajava a bordo de um segundo avião que acompanhava aquele que transportava os chefes de Estado africanos que visitaram Kiev e que aterraram hoje em São Petersburgo, na Rússia, numa viagem para conversar com os Presidentes da Ucrânia e da Rússia, Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, respetivamente, uma solução para o conflito no leste da Europa.

Este fim de semana, quatro chefes de Estado africanos - Cyril Ramaphosa, da África do Sul, Macky Sal, do Senegal, Hakainde Hichilema, da Zâmbia, e Azali Assoumani, de Comores (atual presidente da União Africana) - deslocam-se a São Petersburgo e a Kiev, para reuniões com Zelensky e Putin.

Toda a comitiva do Serviço de Proteção Presidencial da África do Sul, incluindo o seu diretor, Wally Rhoode, foram obrigados a regressar a casa, após 26 horas de negociações com as autoridades polacas, no aeroporto Chopin de Varsóvia, de acordo com o relato dos 'media' sul-africanos.

Perante este cenário, Ramaphosa deverá ser protegido pelo dispositivo de segurança dos restantes líderes africanos que o acompanham na viagem.

Rhoode acusou a Polónia de sabotar o esquema de segurança do Presidente sul-africano, entre veladas insinuações de racismo, que o Governo polaco negou categoricamente.

"Os passageiros do avião sul-africano que aterrou em Varsóvia não tinham permissão de porte de armas. Por isso, não tiveram permissão para deixar o avião com as suas armas, pelo que consideraram que permaneceriam a bordo", explicou o secretário de Estado polaco, Stanislaw Zaryn.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt