Ruptura política na Suíça: "Christoph Blocher, industrial multimilionário, líder do partido populista União Democrática do Centro (UDC), vencedor [com 29,5% dos votos] das recentes eleições, teve a recondução no governo rejeitada pelo Parlamento helvético numa votação que põe em causa o tradicional consenso político suiço que reparte os sete lugares de governo pelos quatro principais partidos" [Financial Times]; "jornada louca no Parlamento de Berna: a Suíça assistia em directo, através da rádio e da TV, à votação dos sete conselheiros federais [equivalente a ministro] e tudo sugeria a recondução dos políticos em funções desde 2004; a surpresa surgiu quando, na votação que envolvia o líder carismático da direita suiça, os deputados preferiram (125 votos frente a 115) uma deputada moderada, Eveline Widmer-Schlumpf, da ala minoritária da UDC. Surpreendente aliança entre a esquerda e os centristas!" [Le Monde].."Na campanha eleitoral, o cartaz principal da UDC exibia uma ovelha branca que expulsava à patada uma ovelha negra. O pontapé que Blocher dava nos emigrantes acabou por acertar nele, dado pelos deputados suíços" [El Periódico]; "terramoto político: o turbilhão populista Christoph Blocher, vencedor das eleições com discurso xenófobo, derrotado por acordo secreto entre a esquerda e os centristas, que decidiram deixar de suportar o radicalismo de Blocher" [Le Figaro].."O Parlamento exerceu a sua competência. Blocher vai para a oposição tentar mobilizar o povo para desfazer em referendos o que as instituições pacientemente elaboram. Há que recear? Vai ser complexo, mas a clarificação é positiva" [Le Temps]; "As políticas extremistas de Blocher tinham rasgado o consenso suíço" [Suddeutsche Zeitung].."Blocher humilhado pelos eternos perdedores" [Die Welt]; "mártir na oposição pode tornar-se perigoso" [Kurier]; "será ainda mais populista" [Le Soir].."A arrogância da linha dura da UDC é derrotada" [Basler Zeitung]; "O Governo está desblocherizado. Agora, coragem!" [24Heures].