Renúncia da oposição obriga a eleições na Junta de Croca em Penafiel

O presidente da Junta de Croca, em Penafiel, António Líbano (PS), divulgou hoje à Lusa que os cinco elementos da oposição na Assembleia de Freguesia renunciaram aos mandatos, o que obriga à convocação de eleições intercalares.
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Segundo o autarca socialista, face à renúncia dos três eleitos pela coligação PSD/CDS e os dois eleitos de uma lista independente, deixa de haver quórum para o órgão funcionar, uma vez que os quatro elementos do PS são insuficientes.

A situação já foi comunicada ao presidente da Câmara de Penafiel, a quem compete, nos termos da lei, convocar eleições intercalares.

A freguesia de Croca encontra-se numa situação de indefinição desde as autárquicas de 01 de outubro, nas quais o PS foi o partido mais votado (47,87%), mas sem maioria absoluta.

Desde então, houve várias tentativas para a formação do executivo, competindo ao presidente propor uma lista, mas nunca foi possível um acordo entre as forças com assento na assembleia que garantisse a eleição.

Poder e oposição têm trocado acusações sobre a responsabilidade da atual situação.

O PS tem acusado a coligação PSD/CDS e os independentes de falta de respeito pela vontade do eleitorado, enquanto a oposição alega que o presidente da junta, numa "atitude prepotente", tem tentado impor um executivo só com socialistas, apesar de ter perdido a maioria absoluta.

Segundo o atual presidente, a oposição maioritária na assembleia quis indicar dois elementos para o executivo, o que não foi aceite pelo PS.

Em declarações à Lusa, Susana Oliveira, líder do PSD em Penafiel, justificou hoje a demissão dos elementos eleitos pela coligação com a necessidade de, face ao impasse que se tem observado, devolver aos eleitores a decisão sobre o futuro da freguesia.

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