Redes de nova geração já são prioridade estratégica nacional

Publicado a
Atualizado a

Telecomunicações. Governo aprovou resolução para promover investimento

Sonaecom critica Governo de estar a "interferir" com as competências da Anacom

O Governo aprovou ontem uma resolução que define como prioridade estratégica para o sector das comunicações electrónicas a promoção do investimento em redes de nova geração (RNG). O objectivo é "muito ambicioso": ter um milhão de pessoas ligadas às novas redes até 2010, bem como as escolas secundárias, os centros de saúde e outros serviços públicos.

O Governo "entende que as redes de nova geração são essenciais para a sociedade do conhecimento e para a modernização e competitividade da economia portuguesa", afirmou ontem o ministro das Obras Públicas. Será necessária "uma colaboração estreita entre o Governo e todos os operadores" de telecomunicações, sublinhou Mário Lino. Caberá à Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) "a definição do quadro regulatório aplicável às redes de nova geração, tendo em conta as orientações políticas previstas para o sector, incluindo a análise do impacto da segmentação dos mercados", concluiu o ministro.

Confrontado com o anúncio de uma resolução com orientações para as RNG, a Sonaecom acusou o Governo de estar a "interferir" com as competências da entidade reguladora. "Muito embora se diga, aparentemente, que a regulação é matéria da Anacom, há uma orientação para a segmentação geográfica", afirmou António Lobo Xavier, administrador da operadora. O que constitui "uma pressão sobre o resultado final" da consulta pública que o regulador está a realizar.

O Executivo anunciou que será feito um levantamento "exaustivo" das condutas de comunicações electrónicas existentes, e pediu à Anacom uma definição sobre a forma como se processará a concorrência nas RNG, incluindo uma análise do impacto da segmentação geográfica dos mercados relevantes.

A segmentação geográfica tem sido pedida pela Portugal Telecom, que alega já não ter uma posição dominante em algumas das zonas mais povoadas do país, e que, por isso, considera que não deve ser obrigada a permitir o acesso das operadoras às RNG que pretende criar. |

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt