Rasto de Sean Flynn retomado após 40 anos
Sean Flynn tentou seguir as pisadas do mito que o pai Errol Flynn criou em Hollywood, mas acabou por se tornar repórter e perdeu-se misteriosamente no Camboja, perto da fronteira com o Vietname, a 6 de Abril de 1970. Agora, quarenta anos depois, um laboratório americano analisa as provas de ADN que um grupo de voluntários garante pertencer ao filho do actor.
Sean desapareceu sem deixar rasto quando fazia reportagem para a revista Time - com ele, sumiu-se também Dana Stone, repórter da CBS. E nunca mais se encontrou um fio que conduzisse ao paradeiro do repórter fotográfico. Os relatos da época apontam para que tenham sido capturados, quando seguiam de moto pela Estrada Um (que liga à actual Ho Chi Min (então Saigão) e eventualmente executados, por um comando armado do Khmer Vermelho, partido maoista liderado por Pol Pot - era o ano do início da guerra civil no país, que conduziria Pot ao poder em 1975 e à execução de um genocídio no Camboja.
Esta versão sustenta que Sean terá sido executado após 14 meses em cativeiro, depois de sucessivas expedições que a mãe, a actriz francesa Lili Dalmita (a primeira das três esposas de Errol, que morreu em 1959, aos 50 anos), conduziu ao país para descobrir o paradeiro do filho. Sean Flynn foi declarado oficialmente morto, em 1984.
Dezasseis anos após a morte da mãe, a descoberta junto à fronteira do Vietname pode dar uma luz mais clara sobre o que terá acontecido ao repórter, que colaborava para revistas como a Paris Match ou a agência United Press International.
A propósito, no final do mês reúne-se em Phnom Penh um grupo de correspondentes da guerra naquela zona para homenagear os 36 jornalistas que perderam a vida durante aquele conflito.