Quatro crianças mortas por homem com machado numa creche no Brasil

Uma outra criança está em estado grave após ataque com machado. "Um ato absurdo de ódio e covardia", reagiu Lula da Silva. Professora trancou bebés na casa de banho para os proteger.
Publicado a

Uma creche em Blumenau, cidade no sul do Brasil, foi atacada por um homem de 25 anos que matou, com golpes de machado, quatro crianças. Outra está em estado grave e há mais três feridos, que foram encaminhados para os hospitais da região.

A polícia Civil e equipe do Instituto Médico Legal já estão no local, a creche Cantinho Bom Pastor, na rua dos Caçadores, do bairro Velha da cidade de 360 mil habitantes.

Todas as crianças que estavam na escola já foram retiradas pela polícia e entregues aos pais.

O autor dos ataques, cuja idade não foi divulgada, entregou-se à polícia. O caso está agora a ser investigado.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, usou as redes sociais para lamentar o ataque. "Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor", escreveu.

"Para qualquer ser humano que tenha o sentimento cristão, uma tragédia como essa é inaceitável, um comportamento, um ato absurdo de ódio e covardia como esse", acrescentou.

Este ataque ocorreu menos de dez dias após uma escola em São Paulo ter sido alvo de um aluno adolescente que matou uma professora com golpes de faca e deixou outras três feridas, além de um estudante. Desde 2011, mais de 10 escolas foram atacadas por criminosos no Brasil.

Uma professora da creche, Simone Aparecida Camargo, contou à NSC TV que trancou bebés na casa de banho para os proteger durante o ataque.

"A minha colega de sala chegou a correr dizendo 'fecha a porta, fecha a janela porque um homem assaltou o posto'. Pensámos que era um assalto porque ele invadiu a escola, então fechei os bebés na casa de banho. Depois vieram à porta dizer que ele 'veio para matar', ele foi ao parque para matar. No parque, uma turma estava a fazer uma roda de conversa. Ele tinha mais que uma arma", narrou a professora.

"Tranquei os bebés numa sala e fiquei lá com eles. Quando saí, ele já não estava lá", afirmou, citada pelo Terra. "Foi uma cena que você nunca imagina ver na vida", acrescentou, em declarações à imprensa, dando conta dos momentos de tensão que viveu.

Diário de Notícias
www.dn.pt