Quase dois milhões visitaram o Castelo de São Jorge
O Castelo de São Jorge, em Lisboa, mantém a liderança dos monumentos mais visitados em Portugal. Em 2017, foram 1 970 888 os visitantes que subiram ao castelo, um aumento de 11,1% em relação ao ano anterior. Nos museus, monumentos e palácios tutelados pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) a tendência foi igualmente de crescimento, tendo-se registado nos 23 espaços sob a sua gestão direta um aumento de 8%, num total que pela primeira vez ultrapassou a fasquia dos cinco milhões.
No caso do Castelo de São Jorge, fonte oficial da EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, responsável pelo monumento, adiantou ainda ao DN que 95,5% dos visitantes são estrangeiros.
Quanto aos dados ontem revelados pela DGPC, sublinhe-se que, olhando para os números dos últimos seis anos, a subida é bem mais acentuada. Entre 2012 e 2017, houve um acréscimo de 60% de entradas nos espaços tutelados pela DGPC. Esta tendência de crescimento é comum às três tipologias: museus, monumentos e palácios. Os Palácios Nacionais (Mafra e Ajuda) são os que mais cresceram de 2016 para 2017 em número de visitantes, verificando-se um aumento de cerca de 27%, percentagem para a qual contribuiu o aumento de 80% na Ajuda. No mesmo período, os monumentos registam um crescimento de 6,9%, destacando-se o acréscimo de 24,2% no Panteão Nacional, mas mantendo-se o Mosteiro dos Jerónimos como o mais visitado, com um total de 1 166 793 visitantes - mais 7,9% relativamente a 2016.
No caso da Torre de Belém verifica-se uma descida de 109 mil visitantes, menos 16% face a 2016. Este decréscimo reflete já a implementação de medidas de segurança "que levaram ao estabelecimento de um número máximo de entradas a partir do qual a visita é suspensa momentaneamente", explica nota da DGPC. A estas medidas de segurança para a salvaguarda do património junta-se uma outra: desde novembro de 2017 que a Torre de Belém foi retirada dos bilhetes conjuntos Circuito Descobertas e Praça do Império.
Quanto aos museus, que no total verificaram um aumento de 5,2%, é de destacar a subida de 69,6% no Museu do Chiado. Os 30 mil visitantes da exposição temporária dedicada a Amadeo de Souza-Cardoso ajudam a compreender este acréscimo. A liderança nos museus continua com o Museu Nacional dos Coches, com 350 mil visitantes, valor que, no entanto, reflete uma descida de 8,5% face a 2016. O mês em que esteve fechado para instalação da nova museografia (entre o final de abril e maio) pode ajudar a explicar esta variação em baixa.